segunda-feira, 15 de setembro de 2014

REGIAO NORTE de moto - TAILANDIA



Saímos da ilha de Koh Phangan com o barco até Don Sak (2,5 hs) e depois uma van (1 h) até Surat Thani, US 12/ cada. Na ida, para fazermos exatamente o mesmo trajeto pagamos US 18, na volta US 12, vai entender.

Dormimos uma noite, de novo no Hotel Iroom (US 15) para pegarmos o avião dia seguinte de manhã cedo.
Primeiro um voo até Bangkok (1 h) e depois outro até Chiang Mai (1 h 15 min.), US 79/ os dois voos por pessoa.

Em Chiang Mai nos hospedamos no Royal Panerai Hotel, US 16/ noite, bom, bem localizado e grande.








A idéia agora era rodar boa parte do norte da Tailandia, de moto.
Pelos riscos e também porque a Cris não curte viajar de moto, fizemos assim, primeiro eu fui sozinho por alguns dias e então nos encontramos em Pai (ela foi direto de Chiang Mai, de van) daí pelos próximos dias onde a estrada seria mais tranquila e faríamos trajetos mais curtos fomos juntos e depois em trechos maiores e por estradas mais movimentadas, fui sozinho novamente e ela de onibus ou van.

Dia seguinte a chegada em Chiang Mai fui atrás de uma moto legal.
Aqui é fácil pois voce acha praticamente todo modelo que quiser com facilidade.



Tem prá todo gosto e bolso.



Eu queria um scooter grande pela segurança e pelo conforto.
Quase aluguei um Honda Forza 300, mas o melhor preço que consegui foi US 23/ dia (preço de baixa estação, na alta no mínimo US 33). E a moça na loja me convenceu que eu deveria experimentar um dos novos Suzuki Burgman 200, com ABS, lançamento 2014, estavam bem novinhos.
Acabei convencido pela curiosidade e principalmente pelo preço, ficou por US 18/ dia.
O scooter é grande, gordo, pesado, mas moleza de pilotar e estava com pouco mais de 3.000 kms rodados.

















Já gostei de cara, totalmente diferente da Honda 125 que viajei pelo Vietnã, este não serve pra andar na terra e pista ruim, mas no asfalto liso é umas 5x melhor.



Comparando os tamanhos.



- Primeiro dia, 20/ 08, Chiang Mai – Mae Sariang, 210 km, 5 hs.

Aqui, na Tailandia, as estradas costumam ser boas e diferentemente do Vietnã, se eu quizesse faria os trechos em bem menos tempo. Por exemplo, nesse primeiro dia faria os 210 kms facilmente em 3 horas, mas minha intenção é ir curtindo e paro toda hora ou pra tirar uma foto ou visitar algum lugar ou só pra ficar sentado em algum canto sem fazer nada mesmo.



Saíndo de Chiang Mai, dando a última olhada no mapa prá sair na estrada certa.




No caminho, templo chines ...




... templo budista ...




... e nessa montanha, várias estátuas enormes.




Nesse primeiro dia até metade do caminho estava indo muito bem, curtindo a motoca e a estrada boa, chegando em Hot (uma cidade mais ou menos na metade do caminho) começou a chuva. E depois uns 10 km antes de Mae Sariang a chuva ficou bem forte.



Parada debaixo da árvore pra vestir a capa de chuva.



Foi bom pra ver o desempenho da Burgman, segura e confortável até debaixo de chuva. Gostei e ainda marcava no computador de bordo que fazia a média de 38 km/ l.
Eu duvidei, pensei que não poderia ser tão economica, é pesadona.
Mas era, quando enchi o tanque e fiz os cálculos deu exatos 38,6 km/ l. Otimo.

Sobre a chuva, eu já sabia desde o início que seria um problema, estamos agora exatamente na estação das chuvas e sei bem que viagem de moto e chuva não é uma boa combinação. Mas, exatamente por esse motivo, de ser baixa estação, é que os preços de quase tudo estão bem melhores.
Menos turistas por todos os lados.
E não é que atrapalhe tanto assim, quase todo dia chove mas também aparece um sol legal e nós aproveitamos do mesmo jeito.
Definitivamente viajar na baixa estação é bem melhor.
E afinal estou aqui é agora então vou de qualquer jeito, com chuva ou sem.

No caminho existe uma parte muito bonita da estrada, onde ela corta o enorme Obluang National Park.






Cheguei em Mae Sariang e achei a pequena cidade bem simpática.




Entrada de Mae Sariang.




Cidade pacata.



Como fica próxima a fronteira com o Mianmar, tem um setor de imigração.








Estava dando uma volta pra conhecer a cidade e achar algum hotel quando caiu uma chuva super forte, me abriguei numa loja e depois de uns 30 minutos passou.








Numa avenida beira-rio tem pousadas e restaurantes simples, fiquei no PS River View Guesthouse, bem simples, limpinho, de um casal de idosos super atenciosos, US 8 com ventilador.








A porta do quarto dava bem na beira do rio.



De noite saí para jantar no Intira, restaurante local, dica do senhor da pousada.
Bom e barato.
Pratão de cogumelos fritos no shoyo com arroz e uma água com gás, US 6.

Quando cheguei de volta no quarto e fui apagar a luz pra dormir, vi uma aranha quase do tamanho da minha mão na parede e pensei, não vou dormir com ela alí não, vou ter que matar, puxa a cama e uma mesinha pra afastar da parede, e começa a batalha. Pancada prá lá e prá cá, com medo dela pular em cima de mim e quando acerto bem ela vejo que tinha um treco grudado nela. Era um ovo e espalhou aranhinha pela parede e no chão.
Logo pensei essas minúsculas aí, não vão me incomodar, mas daí lembrei de um programa que vi na TV onde tinham uns filhotes de cobra que eram muito mais perigosos que as mães, sei lá porque tinham um veneno bem mais potente.
E pensei, vai que com as aranhas é igual, e uma me pica to ferrado ...
E então coloquei os óculos pra enxergar direitinho peguei minha lanterna pra iluminar todo cantinho e fiquei por quase meia hora matando aranhinha, dezenas ou centenas, sei lá. E fui dormir todo suado e fiquei pensando ... aprendi com os budistas que matar qualquer ser vivo faz mal pro seu carma (ou karma), nossa agora to ferrado, só hoje foram muitas mortes ...
Mas será que nesse caso também conta ?? Tomara que não.

Lembrei agora de um dia lá nas Filipinas que chegamos num quartinho bem legal num super lugar e quando tava tirando umas coisas da mala vi uma cobra pequena dentro do quarto, ela se assustou e sumiu, sei lá onde se escondeu ...
Mas daí  também não dá né, achamos melhor trocar de quarto, rsrsrs.

- Segundo dia, 21/08, Mae Sariang – Mae Hong Son, 170 km, 5 hs.

Quando fui sair, lá pelas 8:30 hs, o sol apareceu, mas olhando lá para o lado das montanhas, na direção que eu tinha que ir, tava tudo escuro e cheio de nuvens.
O caminho todo foi nublado, mas não choveu.
A estrada tem muitas curvas (o que de moto é bem legal) e é muito boa e vazia.
Eu me sentindo importante, todo cheio de conforto e com a estrada só prá mim, nada mal.




A estrada em alguns trechos parece uma alameda, muita árvore mesmo. E não estou com a moto parada na contra-mão não, aqui é mão inglesa.




Muitas plantações pelo caminho ...




... essa era de chá.



Depois de uns 100 kms cheguei em Khun Yuam, parei pra comer algo, depois fiquei enrolando num café e fui visitar um museu.
World War II Memorial Museum, era o que estava escrito no meu guia, mas lá o nome era outro, e ainda tinha o nome em tai.
E se entendi direito, era uma homenagem aos japoneses pois nessa região morreram vários e depois, no fim da guerra, outros acabaram se entregando por aqui. Coisas de guerra, não entendo e nem faço muita questão.
Acontece que cheguei no museu as 12:10 hs e estava fechado para almoço.
No fim achei foi é bom, não curto muito museu e dei uma olhadinha pelas janelas de vidro e achei que deveria ser bem caído. Mas o prédio é novo e bacana.




Hora do almoço, não tinha ninguém em lugar nenhum.




A entrada do museu.




O prédio era bem bacana, novinho.



Me mandei e uns kms antes de Mae Hong Son, numa serra, parei na beira da estrada num café bem legal, com uma vista maravilhosa.



Esse foi uma agradável surpresa.




Olha a vista que tinha nos fundos.




Pedi um expresso e ganhei de entrada um chazinho com uns feijões torrados (como amendoim), deliciosos. Eu nem sabia que se comia feijão assim também. Depois comprei e levei pra Cris experimentar. Ela adorou.
E ainda depois de tomar meu café ganhei de brinde uma bananas assadas na brasa com mel.




Pedi só o café, o resto foi brinde.




Tinha esse fogo com água quente pro chá e as bananas assadas, alí no meio do barzinho.



Como eu disse antes, a estrada nesse dia estava ótima e a região tem um belo visual, montanhas, campos de arroz, templos, super arborizada.



Campo de arroz.



Chegando em Mae Hong Son (que eu já conhecia), fui direto a um belíssimo templo que tem lá em cima da montanha e que rende um belo visual.














A vista lá de cima no templo, da bela Mae Hong Son e o lago.



Tirei minhas fotos e fui pro Like View Guesthouse US 6,50, a mesma da outra vez, só mudou o nome, sei lá porque pois os donos são os mesmos. E o preço tava melhor agora (bendita baixa estação).
Cheguei, larguei minha mochila no quarto e pedi um banana shake no boteco da guesthouse.




Pousadinha simples, mas perfeita.




E a vista que se tem a partir dela. Do lago e os belos templos lá no fundo.



Então a dona me reconheceu.
Perguntou pela Cris e pela Sílvia.
Eu disse, a Sílvia se mandou, tá lá em Malta, "nas europa".
A Cris, não gosta de moto, amanhã encontro com ela em Pai.
E ela trouxe meu shake (aqui é com água mesmo, não leite) e ainda me deu de boas vindas umas bananinhas com mel e uma garrafa de água grande, for free, como ela disse.
Gostei.









Mae Hong Son, é a “cidade perfeita”. Deem uma olhada no post que tem sobre ela em dezembro de 2013.

De noite dei uma volta pelo lago e depois jantei no ótimo Salween River, na beira do lago, já tinhamos vindo aqui antes, desta vez pedi uma ótima salada mais uma sopa de abóbora deliciosa com pão caseiro e uma tonica tudo por R$ 16,00.
Sempre ponho os preços em US, mas dessa vez transformei pra real, só pra não esquecer qual é o nosso dinheiro, rsrsr.









Saí muito pele-vermelha na foto, mas não to assim não, eu uso protetor solar.



- Terceiro dia, 22/08, Mae Hong Son – Pai, 115 km, 3,5 hs.




Estrada boa, vazia e bonita. Motoca economica e confortável. Sol. O que mais eu poderia querer ?



Saí cedo com sol e logo depois de meia hora parei no Fish Cave, fotos, café e descanso.




O nome pra gringo é Fish Cave (tem uma caverna onde os peixes entram, bem interessante) mas o nome certo é Thamplanamtok Phasuea National Park.




Legal passear pelos lagos e trilhas ...




... agora se for na hora do almoço, dá vontade é de por um desses aí na brasa. Tem tantos que parece que é só chegar na beira e pegar um, nem precisa de vara.



E continuei, a estrada é boa, com muita curva e quanto mais perto de Pai vai ficando mais bonita. Sobe serra, desce serra. E curvas e mais curvas.
Vou a 60 km/h, sossegado, só curtindo. As vezes uma puxadinha até 90/100, numa boa.
Alguns templos e muitas plantações pelo caminho. Quase nenhum carro ou moto.
Viagem deliciosa.




Estrada movimentada né ?




Cada visual.



Em Pai, encontrei a Cris (veio de Chiang Mai de van), tava lá esticada na rede na varanda do bangalo na agradável Baan Pai Riverside. Na beira do rio, cabaninhas legais, simples, com café da manhã incluso, US 13/ noite.
Ela feliz com a tranquilidade do local e por estarmos de volta a Pai (já é a terceira vez) e eu satisfeito com minhas andanças com o vento na cara.









Essa eu recomendo com certeza.



Ficamos 3 dias, Pai é “o lugar”, quem vier a Tailandia não pode perder.
Tem outros dois posts sobre Pai no blog.




Pelas ruas de Pai.




Pelos cafés.




Cadeiras calçadas com meias, rsrsr.


















Como estamos na época de chuvas, o rio fica ótimo pra se fazer um “tubing” (descer o rio de bóia).
US 6/ cada, os caras da pousada descolam a bóia e levam de camionete uns 20 minutos rio acima e largam voce na margem do rio.
Demora-se por volta de 1,5 h pra chegar de volta na frente da pousada, bem legal, rápido, bem mais rápido do que quando fomos em Vang Vieng, no Laos.




Chegada, na porta da pousada. Fotos da descida não tenho, minha camera não é sub.



Foram junto um casal de alemães, uma simpática holandesa (nossa vizinha de bangalo) e um espanhol, o Santiago, boa praça, de Granada.
Todos da mesma pousada.
Conhecemos também, na pousada o Fernando, argentino-italiano que mora na Espanha e sua namorada francesa de Champagne,e que fala espanhol com perfeição, os dois tem um centro de meditação e ioga em Granada, Espanha.
Pelo jeito já viajaram muito e moraram em vários lugares, ele, inclusive no Brasil.
Quando formos a Granada já temos onde ficar.
Também estava na pousada o carioca Gustavo com a namorada israelita, gostei dele, de bem com a vida, gente fina, tá viajando há 7 meses e conheceu a israelita no Camboja.

Um dia saimos com o pessoal, todo mundo de motoca, fomos atrás de uma cachoeira, mas estava ficando tarde e não conseguimos chegar, então fomos passear pelos campos de arroz e num templo.




Da esquerda pra direita, Gustavo, eu, Fernando, namorada dele, Cris e Santiago.



Depois a noite, todo mundo jantar junto.
O argentino-italiano Fernando, a namorada francesa, o espanhol Santiago, a holandesa simpática, o brasileiro Gustavo, a namorada israelita, eu e a Cris.
Papos internacionais, normalmente em ingles, as vezes em espanhol e até em portugues.
Muito bom.

Quarto e quinto dia ficamos em Pai.
Mas dia seguinte seguimos viagem.

- Sexto dia, 25/08, Pai – Chiang Dao, 140 km, 4 hs.




Rumo norte, agora vou com minha valiosa garupa. Cuidados redobrados !



A estrada é meio cansativa, as vezes o asfalto não está perfeito e tem muitas curvas, o que seria ótimo sozinho mas com garupa não dá prá curtir muito.

O trecho mais legal até agora foi de Mae Hong Son até Pai.

Rodamos uns 50 km e paramos pra um café, depois mais uns 50 e perto de Mae Taeng, paramos pro almoço na beira da estrada num restaurante que tava escrito que tinha comida vegetariana (só entendi isso).
Comi um omelete com arroz e a Cris sopa de noodles, mais um suco de laranja (de garrafinha), uma água com gás e um café expresso, tudo por US 4.



Agradável café no caminho.




Vegetariano ?? Sei lá.




O restaurante tinha fotos do rei por todas as paredes e também várias estátuas de elefantes de madeira. E a dona, uma simpatia.



Agora com dois a moto ficou mais pesada, diminuiu a agilidade, falta motor e o consumo passou dos ótimos 38 para 32 km/ l, que também não está nada mal.
Mais economica que isso só mesmo uma Honda Pop 100 que eu tive e na estrada fazia mais de 55 km/ l, era pequena e fraquinha, mas quando acabava o asfalto ia que era uma beleza.

Chegamos em Chiang Dao, demos uma voltinha, só pra confirmar que não tem muita coisa mesmo, daí fomos visitar as cavernas a 5 km da cidade por uma estradinha bonita que passa dentro de uma vilazinha e chega nos templos e cavernas. Alí existem mais de 10 km de caminhos debaixo da montanha.








Estradinha legal e a montanha das cavernas lá no fundo, no meio das nuvens.




Numa vila do caminho, olha só essa placa, rsrsr. Tem mesmo um monte de pato por aqui !



São as cavernas mais famosas da Tailandia e para eles tem o valor religioso e então tem centenas de imagens dentro e muitos caminhos.
No principal voce pode ir sozinho, é até iluminado, mas se quiser ir em algum dos outros tem que ir com um guia, senão é perigoso se perder.
Eu não curto muito isso então demos só uma entradinha e nem ficamos muito (lembrei agora das cavernas de Apiaí, no Paraná, essas já curti bastante, bons tempos, boas lembranças).





Parque das caves.




Tinham vários templos ...




... lagos coloridos ...




... e as cavernas.



O “parque” onde estão as cavernas é bem bonito.
E a montanha (Doi Chiang Dao) é a terceira maior da Tailandia, então tem gente que além de vir conhecer as cavernas, vem pra escalar.
Mas acho que não vale muito a pena vir pra Chiang Dao, não é tão interessante assim, mas estava na nossa rota e foi uma parada para dormir.

Ficamos no Chiang Dao Inn Hotel, US 13/ noite, quarto grande, com ventilador e velho.









Olha só o telefone do quarto. Meio velhinho não ?



A Cris aproveitou que tinha massagem no vizinho e foi lá, US 5 por uma hora, ela tava toda tortinha coitada, com dor no pescoço, nas costas e voltou nova, tudo no lugar, achou realmente boa.
Em Pai, uma hora de massagem também é US 5, mas nem sempre é boa. Agora por exemplo, em Koh Lanta e Chiang Mai, costuma ser US 8,50.

De noite jantamos num restaurante em frente ao hotel, simples, só tínhamos nós dois, tiveram que arranjar um “intérprete”.
Pedi um noodle chines frito com couve-flor e a Cris um gengibre com porco, mais dois sucos, tudo por US 5,50, e era bom !

- Sétimo dia, 26/ 08, Chiang Dao – Doi Ang Khang, 90 km, 2,5 hs.

Existem dois caminhos diferentes, fomos pela estrada 1178 e depois 1380, talvez seja um pouco mais longo, mas escolhi esse porque é por estradas com pouquíssimo movimento, apesar de alguns trechos terem buracos.
Passamos por umas serras lindas, cheias de florestas, mas tinham subidas bem fortes e aí a moto com dois é fraca.

Depois de uns 50/60 kms percorridos pegamos uma chuva bem forte, mas durou pouco e depois ficou fraquinha.



Prepara a capa que lá vem chuva ...




... chuva e neblina, mas que se dane, vamos continuando.



A combinação de moto com duas pessoas, estrada molhada, muitas curvas, subidas e descidas é bem chata, um saco.
Ainda bem que o trecho era curto e as belas paisagens compensavam.
Logo chegamos na minúscula cidade de Doi Ang Khang e fomos almoçar.
Um macarrão frito com vegetais, mais uns cogumelos fritos com molho de ostra, uma coca e uma água, por US 3,50. E tava gostoso !

Ficamos num hotel que tava meio bagunçado (acho que em reforma), não tinha nem nome em ingles, só em tai, então nem sei o nome, mas o quarto era bom e foram US 13.








A cidade fica em cima das montanhas, perto da fronteira com o Mianmar, no meio do nada, só floresta pra todo lado.
Então acho que não seria nada além de mais uma vila se não tivéssem a sorte grande de ter sido o local escolhido pelo próprio Rei para ser feito um projeto de agricultura, o Royal Agricultural Station Angkhang.







Bem legal e até sofisticado. Aqui plantam flores, frutas e criam micro-climas que permitem que se cultive plantas e alguns tipos de frutas que não existem em nenhum outro lugar da Tailandia.









Aqui diversos tipos de cactus.









Bonsais.




Algumas estufas não se pode entrar.




Aqui muitos tipos e cores de rosas ...




... essa tinha um forte cheiro de limão !



O parque é bem legal mas vir até aqui só por causa dele não sei se valeria  a pena, o que vale mesmo é pelo caminho até aqui, apesar de termos pego chuva, é lindo, cada visual das montanhas ...
Praticamente só tem turistas tailandeses, pouquíssimos gringos vem até aqui.

Doi Ang Khang é tão pequena que para dar uma volta completa no centrinho da vila não se demora mais que 5 minutos.
Nem sei se ficamos na vila mesmo ou não, ficamos bem perto da entrada do parque.

Uma coisa interessante é que várias das vilas dessa região (essa inclusive) tem mais moradores descendentes de chineses do que tailandeses, pois logo depois do fim da segunda guerra mundial, em 1949, na época do Mao Tsé Tung, muitos chineses fugiram pra cá e acabaram ficando pra sempre.
Tem muita coisa escrita em chines e apesar de serem meio parecidos (os tailandeses e chineses) geralmente dá para se reconhecer a cara de china deles.




Tai e chines.



De noite saímos pra jantar umas 20:00 hs e a cidade inteira já tinha ido dormir, tava tudo fechado, acabamos indo num hotel chique, próximo.
Ainda bem que o restaurante não era muito caro, pois o hotel era.

Como eu já disse, agora estamos na época de chuvas aqui no norte todo da Tailandia, mas mesmo assim, principalmente de dia o calor é forte, não dá uma trégua, então quase sempre pedimos quarto com ar condicionado e as vezes, no mínimo um bom ventilador.
Aqui em Doi Ang Khang tivemos que dormir de edredon.
Fazia muito tempo que não sabia o que era isso.

- Oitavo dia, 27/08, Doi Ang Khang – Tha Ton, 70 km, 2 hs.

Saímos de manhã com chuva, muita neblina, pista molhada e lisa, todo cuidado pra não escorregar, demos uma volta pelos arredores de Doi Ang Khang pra ver se achávamos algo por perto, tipo uma vila principal porque no fim ficamos em dúvida se onde nos hospedamos era mesmo a vila principal, de tão pequena que era.
Não achamos nada e o tempo tava tão horrível, que nos mandamos em direção a Fang e foi só começar a descer a serra que o tempo abriu e depois, lá embaixo, a apenas 25 kms de distancia,  já tava um calor daqueles.



Só prá variar, chuva ...




... neblina ...




... mas desta vez durou pouco, logo o sol apareceu.



Serrinha bonita e teria sido o melhor caminho de Chiang Dao até Doi Ang Khang. Era só ter saído de Chiang Dao e seguido uns 60 kms e daí subir essa serrinha. Eu optei por vir de Chiang Dao por outras estradas (1178 e 1340), que também não são ruins, e a distancia é a mesma, mas por aqui teria sido melhor.

Chegamos então em Tha Ton, uma cidadezinha calma e legal.
Estamos bem pertinho da divisa com o Mianmar.



Tha Ton e o rio Kok.



O pessoal vem pra cá para fazer trekking e visitar umas tribos étnicas que tem por perto e também para pegar um barco que vai pelo rio Kok até Chiang Rai, leva umas 4 horas e dizem que é uma aventura.
Nossa idéia era no dia seguinte a Cris ir nesse barco e eu sozinho pela estrada, mas por causa do horário de saída do barco não deu certo.
Seriam menos de 100 km, então ela foi de moto comigo.

Em Tha Ton tem também um belíssimo templo, o Wat Tha Ton, grande,que fica em cima da montanha, colada na cidade. Na parte mais alta tem uma estupa enorme, construção muito bonita, tirei várias fotos.



Toda aquela construção, na montanha, faz parte do templo e bem lá em cima, no fundo, a linda estupa.









A estupa.




Era enorme e dá para subir tudo por dentro.




Dentro, tudo bem arrumado ...




... com imagens e estátuas lindas.














No geral acho que foi a estupa mais bonita e cheia de detalhes que eu já vi até hoje.




Dragões gigantes.



Depois de passarmos um bom tempo visitando o belo templo fomos procurar um hotel.
Nos hospedamos no Apple River Resort, cabaninhas bem legais na beira do rio Kok, US 11,50, com ventilador.









Nosso chalé e as roupas secando na varanda.



De noite fomos jantar no Jack’s, barzinho meio modernoso, legal.




Jack's. E essa 500 cc aí era de um coroa que tava viajando de moto, como nós.




Parece gelada ?!



- Nono dia, 28/08, Tha Ton – Chiang Rai, 90 km, 2,5 hs.

Saindo de Tha Ton, depois de uns 30 kms se voce sai da estrada a esquerda na 1234 e sobe uns 15 kms chega em Mae Salong. Não fomos, mas ouvi dizer que é uma vila bem legal, cheia de plantações de chá, que tem muito mais chines que tailandes e atrai turistas principalmente em dezembro e janeiro, época das flores de cerejeira.
Deixamos pra uma próxima vez.

Logo após sairmos de Tha Ton pegamos um pouco de chuva (como de costume), e estava até meio frio, mas logo o tempo abriu e a estrada era bonita, cheia de plantações e montanhas.




E templos, como sempre.



Depois de 60 kms chegamos em Mae Chan e o caminho agora é pela auto-estrada 1, mão-única, pista dupla, tem que ir um pouco mais rápido, mas a estrada é ótima e depois de somente 30 kms chegamos em Chiang Rai, cidade grande, enorme.

Passamos pela cidade e uns 15 kms mais ao sul fomos direto ao White Temple.
O nome certo é Wat Rong Khun construído pelo internacionalmente reconhecido artista tailandes, Chalermchai Kositpipat, ajudado por uma equipe de 44 jovens artistas, artesãos e construtores. Se entendi direito, não trabalham por dinheiro, trabalham como um ato budista de ganhar méritos.
Já trabalharam no projeto por 17 anos e Chalermchai nem espera acabar a obra durante o tempo de sua vida.
Ele também faz esculturas, pinturas e outras obras e ao lado do templo tem uma exposição legal de parte de sua arte.
O templo é diferente de todos que já vimos, nem sei se parece com um templo mesmo.
Mas é belíssimo, estiloso e tudo branco com infinitos espelhinhos, o que dá um visual bem legal.




White Temple.




Tanto detalhe.




Mais de perto dá prá ver que é tudo branco e com muitos espelhinhos.




Esse é o prédio principal e o lago com carpas, também brancas. Mas tem muitas outras construções.




Dá para se ver um pedaço de uma torre, quebrada (na parte mais alta). Há alguns dias houve um terremoto aqui (não foi tão fraco), ainda bem que danificou pouco.



Esse belíssimo prédio dourado, acreditem, eram os banheiros. Coisa de artista, meio exótico.




Nessa foto dá para se ver as carpas brancas, alí no lago.



Depois fomos para um hotel que escolhemos mais pela localização, pois a cidade é bem grande.
Pimann Inn Hotel, US 17, com café, grande, bom, perto da estrada e do aeroporto antigo.







E então, mais tarde um pouco, fomos até a rodoviária comprar a passagem da Cris para o dia seguinte, agora ela iria de onibus, serão mais de 200 kms pela auto-estrada e é melhor eu ir sozinho.

A passagem de onibus de Chiang Rai para Lampang custou US 10, com a gasosa da moto gastei US 8,50. Fora o prazer.

- Décimo dia, 29/08, Chiang Rai – Lampang, 240 km, 5 hs.

De manhã, deixei a Cris na rodoviária e me mandei sozinho, debaixo de chuva por uns 200 kms.
Meio chato, mas melhor assim pois vou mais devagar, por volta de 60/70 km/h, demoro mais mas vou curtindo, pensando na vida.
E tempo tenho de sobra.

A chuva vai passando pela capinha vagabunda e me molhando aos poucos, não me importo. Também quando passam os carros (principalmente onibus e caminhões) e levantam aquele monte de gotículas que atrapalham a visão, não me importo.
Agora quando algum passa numa poça grande e me dá aquele espirro forte de água suja, daí não gosto muito não, rsrsr.
Também quando acelero mais e os pingos começam a doer, batendo nas mãos, também não curto muito. Mas porque então não tenho uma luva ? Sei lá, mas era assim.

Parei a primeira vez depois de uns 100 km, logo depois da cidade de Phayao, num seven-eleven de um posto de gasolina.
Quando desci da moto, tinham umas tres ou quatro pessoas alí.
Tirei o capacete, depois a capa de chuva, larguei em cima da moto e fui pra baixo de um toldo, fora da chuva.
Estava totalmente encharcado, calça, tenis, camiseta, camisa, meia, tudo mesmo.
Não pingava, a água escorria pelas pontas da camisa.
Os caras olhavam pra mim e sem esboçar nenhum sorriso (deviam estar é dando gargalhadas por dentro), pensavam, bem-feito se ferrou.
E uma senhora, essa já com uma cara de pena, olhava e (devia estar morrendo de dó de mim), pensava, coitado deve tá sofrendo...
E eu, bom pra falar a verdade, mesmo que pareça um pouco de masoquismo eu tava era curtindo, feliz da vida.
Tirei só a camisa, dei uma boa torcida e vesti de novo.
Entrei, comi uma salsicha, tomei um café e me mandei.
Parei só uns 130 kms pra frente, já quase em Lampang, abasteci, tomei outro café e alí já estava seco, sem motivo pra rirem ou terem pena de mim.

Fui direto pro hotel que já tínhamos ficado na outra vez (tem um post sobre Lampang em dezembro de 2013), no Riverside Guesthouse, US 13, estiloso.



A Cris já tava lá, tinha chegado fazia uns 15 minutos.




Assim que entrei com a moto a dona da pousada (que acho que é italiana), veio perguntar : - Voce tá vindo de onde ?
- De Chiang Rai, disse eu.
E ela pergunta : - Pegou muita chuva ?
Eu respondo : - Sim, muita ...
E ela : - Ah então entendo porque sua namorada veio de onibus.
Eu : - Melhor pra ela, foram 200 kms de chuva ...
E ela me surpreendendo disse : - Mas me diga se não é legal, é outra pilotagem. Diferente, mas dá prazer também, eu gosto, dá pra curtir, não acha ?
Eu meio surpreso com o comentário dela, mas feliz por achar gente que me entende : - Sim, eu acho que sim.
E saí pensando ... ainda não to ficando louco como eu pensava que podia ser, rsrsr.

Lampang é legal, de noite fomos no Bar Riverside, curtir um som ao vivo .



Sonzinho maneiro, como diriam os cariocas.



E no décimo-primeiro dia também ficamos em Lampang. Demos umas voltas, passamos em alguns templos, fomos na rodoviária ver passagem pra Cris pro dia seguinte e fomos almoçar num novo e moderno shopping, num restaurante japones delicioso.
De noite jantamos no Aroy 1 Bath, restaurante baratinho perto da pousada e depois ainda tomamos um sorvete sabor yakult, delicioso, na rua da pousada.




Alguns dos belos templos de Lampang.
























Andando numa rua de Lampang passamos por esse local de curso de datilografia (em máquinas convencionais, nem elétricas eram), isto ainda existe ?




Carruagens de Lampang.



- Décimo-segundo dia, 31/08, Lampang – Chiang Mai, 107 km, 2 hs.

Saímos juntos do hotel, e na primeira esquina começou a chover, visto a capa, deixo a Cris na rodoviária e pego a estrada, a chuva logo pára.
Estrada tranquila, cheguei em Chiang Mai e fui direto levar o computador pra arrumar, tinha parado de funcionar uns dias antes.
Depois fui pro hotel, larguei minha mochila lá e fui devolver a moto.
Peguei um outro scooter pequeno de US 5/ dia.

A viagem pelo norte da Tailandia de moto acabou.

Foram 12 dias e 1.400 kms no total, sendo 1.230 kms de estrada e o resto conhecendo as cidades do caminho.

A Suzuki Burgman 200 cc, 2014, ABS é muito boa.
Gostei da economia de combustível, do estilo.
Mas falta motor, prá ficar tranquilo e ter mais segurança na estrada.
Um maxi-scooter (como são chamados) do tipo desse Burgman eu acho a moto ideal.
Mas tem que ser asfalto bom, senão não dá.
E tem que ser no mínimo uma 300 cc, melhor ainda acima de 400 cc.
O banco da Burgman 200 é enorme e a primeira vista parece ultra confortável, mas achei meio duro e também poderia ser um pouco mais alto.



O banco é gigante, nunca tinha visto nenhum parecido.



O espaço embaixo do banco é excelente mas esquenta demais, parece um forno.




Otimo espaço, cabiam, minha mochila, o capacete da Cris e mais umas coisinhas.



No dia que eu ia encontrar a Cris em Pai, parei na estrada antes e fui comer umas batatas-doce assadas que umas mulheres ficam vendendo.
Daí peguei umas a mais e deixei “no forno”, quando cheguei em Pai, a Cris ainda comeu elas como se tivéssem acabado de sair da churrasqueira, sem exagero.




Parada estratégica ...




... para comer umas batatas-doce assadas (existem 4 tipos diferentes), comi duas e levei 4 pra Cris, uma de cada cor ...




... que graças ao forno debaixo do banco da burgman, comeu quentinhas.



Mas a moto em geral é boa, passa segurança, freia bem, arranca forte até uns 70/80, depois fica lerda.
Prá viajar sozinho entre 80/90 km/h tá bom, mais não.
Ela vai forçando muito até uns 120/130, mas não senti segurança. 
Dou, de zero a dez, um 7 prá ela.
Mas eu não compraria.
Iria atrás de uma maior, com mais potencia.
Agora o freio ABS deveria ser item obrigatório em qualquer moto.
Um dia numa descida forte resolvi testar e apertei o manete esquerdo com muita força, era pra arrastar mesmo a roda traseira.
Ela deu uma travadinha rápida e o ABS entrou em funcionamento, seguro, perfeito.
Agora no freio dianteiro não tive coragem de experimentar, vai que travava, deixa prá lá, rsrsrs.





Essa é meu sonho. Honda Integra 700 cc. Meio moto meio scooter, perfeita.




Mas com uma dessas já ficava satisfeito. Honda Forza 300 cc.



Me lembrei agora de um dia na estrada, numa serra, quanto passei por dois caras num scooter grande. Um com uma mochila presa no peito e o outro nas costas, iam conversando alto, até dava pra ouvir. Os dois de cabelos totalmente brancos, sem capacetes, iam deitando o scooterzão nas curvas, quase raspavam com a carenagem no chão. Acelerei e passei e fui pensando ... um dia quero ser assim (só que de preferencia, de capacete), envelhecer curtindo a vida. Nada mal.
Será que já não estou fazendo isso ?!

Como viajei de moto também pelo Vietnã (tem o post), vou fazer uma pequena comparação.
No Vietnã os motoristas não respeitam regras de transito nenhuma, na Tailandia não é perfeito mas bem melhor.
Vietnã maioria das motos para se alugar são pequenas e mal cuidadas, na Tailandia tem quase todo tipo de moto e ainda é mais barato.
Estradas tailandesas em geral melhores.
Estrutura de hospedagem, alimentação, socorro em caso de acidente ou mecanico e combustível, norte da Tailandia muito melhor que norte do Vietnã.
Paisagens no norte da Tailandia, mais bonitas em geral.
Velocidade, isso no Vietnã é melhor, lá o trafego é na grande maioria de motos e costumam andar devagar, na Tailandia tem bastante carro e costumam correr.
A polícia em nenhum dos dois países incomoda os turistas.
Até me pararam aqui na Tailandia, mas eram do exército e acho que tavam era curiosos com a moto.
Resumindo, é bem melhor viajar de moto na Tailandia, sem dúvida. Mas que as dificuldades do Vietnã acabam sendo exatamente o que faz ficar interessante, isso é verdade.
Um pouco de aventura não é nada mal.
Mas recomendo a Tailandia, com toda certeza.

A viagem de moto acabou mas ficamos mais uma semana em Chiang Mai antes de irmos embora pra europa.
E em Chiang Mai voltamos pro mesmo hotel, o Royal Panerai e ficávamos rodando pela cidade e indo nos mercados de rua.
E também comendo muito bem nos ótimos restaurantes, de tudo quanto é tipo.



Mercados noturnos ...




... são bem legais e ainda ...




... tem as massagens pelas calçadas.



Em Chiang Mai sempre comemos muito bem, saladas legais, sandubas, e preços bons.




Aqui uns Dim Sun, chineses, delíciosos, recheados com uma massa de camarão.




Esse é um restaurante vegetariano delicioso, fica dentro de um templo (por isso apesar do calor a Cris tava com essas roupas) ...




... e de tão bom que era ...




... fomos duas vezes.



Numa noite, numa feirinha de rua, por acaso nos encontramos com o Santiago, o espanhol que tínhamos conhecido em Pai.
Logo combinamos, de no dia seguinte pegarmos as motinhos e darmos umas voltas.
Fomos até Hang Dong, vila próxima onde fabricam e vendem artesanatos e trabalhos em madeira, desde móveis até peças pequenas.

















Almoçamos num restaurantezinho local, na beira de um rio.








Depois fomos na vila de Borsang onde fabricam os guarda-chuvas típicos asiáticos, de papel.




Borsang ou Bo-Sang ? Não sei, vi escrito dos dois jeitos.









Tudo feito artesanalmente ...




... até o papel, eles fazem.



De noite ainda fomos os tres jantar num restaurante que voce come a vontade, por uma hora e quinze minutos e paga preço fixo de US 12/ pessoa.
Tem sushi e outras comidas japonesas e mais um monte de coisas diferentes que ficam passando numa esteira-rolante e voce pega e cozinha numa panelona que fica com água fervendo na própria mesa.
Não é muito meu estilo, mas até que achei interessante.




De tanto comer, até na foto pareço gordo... mas não to gordo não.









Desta vez ficamos na Tailandia por 47 dias e o valor exato gasto para duas pessoas, com tudo incluído foi US 4.527.

Agora já estamos na Itália, ficaremos um tempo em Trieste prá Cris curtir a irmã e o sobrinho.
Depois voltamos ao Brasil.
Vou ter que trabalhar um pouco pra “engordar o caixa".
Mas se tudo der certo logo mais voltamos a Tailandia e daí pretendemos fazer diferente, vamos primeiro atrás de um visto tailandes de pelo menos um ano.
Então alugamos uma casinha ou apartamento em Chiang Mai.
Aqui é um ótimo local de base pois tem tudo que poderíamos querer para viver, com preços muito bons de aluguel, ótimos supermercados para estrangeiros, muitos cursos de ioga e meditação pra Cris.
O aeroporto é praticamente dentro da cidade e existem voos baratos pra todo canto da Tailandia e países próximos.
Daqui fica fácil viajar pelo belo norte da Tailandia, alcançar qualquer ilha do sul, tanto os paraísos conhecidos, como os mais selvagens.
Então, escolhemos Chiang Mai como nossa base fixa e de tempos em tempos daremos umas saídas de uns 15 dias, só com uma mochilinha nas costas, pra tudo quanto é lugar que tivermos vontade e voltamos pra curtir essa cidade que não é nada mal.
E assim sendo, quem quiser vir nos visitar será muito bem-vindo !




Se tudo der certo ...




... a agradável Chiang Mai ...



... um dia ainda será "nossa casa" por uns tempos.



Assim pensamos em fazer diferente e dar um tempo nessas viagens meio corridas onde se fica pouco tempo em cada lugar. Vamos dar um tempo nesse negócio de trocar de hotel, de cidade, e de país, sem parar, que é o que temos feito nesse último ano. E em várias outras viagens anteriores.
Só como exemplo, chegamos aqui na Asia em 3/09/2013 e vamos embora agora em 8/09/2014, nesse ano que passamos aqui, trocamos de hotel exatas 113 vezes, foi mais que o número de cidades que visitamos, pois algumas repetíamos e as vezes também trocávamos de hotel na mesma cidade. Mas é muito.
Agora, vamos dar um tempinho, na próxima pretendemos fazer tudo com mais calma ...

Mas sempre que possível vamos continuar a fazer nossas viagens. Seja onde for e do jeito que der. Quero, um dia, me tornar um aventureiro.
Aliás falando sobre isso, conheço alguns aventureiros reais que de "aventureiros", no sentido de saírem por aí sem saber onde ir ou onde vão chegar, não tem nada.
O que todos tem comum é serem meticulosos, programadores, detalhistas e assim quando se propõem a fazer algo normalmente sabem muito bem que vão conseguir.
Como exemplo tem o Amyr Klink, que apesar de eu ter ouvido falar que não é nem um pouco agradável viajar com ele, considero um grande aventureiro.
Tem também o Zuravel, que conhecemos lá de Angra dos Reis, piloto que se aposentou cedo e curte a vida, viaja de tudo quanto é jeito e sempre tem sucesso (vejam no google Sergio Zuravel).
Tem o Gustavo, que também conhecemos em Angra, esse entre outras aventuras deu a volta ao mundo de carro com a namorada Ana e o cachorro Tapa, sem deslizes, programou bem e foi (tem o site deles, viagensmaneiras.com e também um programa no Canal Discovery TLC).
E tem também meu velho amigo de guerra, Toco Lenzi, aventureiro forte, planeja e faz, o tipo do cara que voce ia querer ter ao seu lado quando tivesse num sufoco em qualquer lugar do planeta.
E eu, sigo tentando, sou só um aprendiz de estagiário de aventureiro, mas tenho me esforçado, bebo na mesma fonte deles.

Esse post demorou para ser publicado pois o computador parou de funcionar no meio dessa última viagem e depois que chegamos em Trieste ficamos os primeiros dias sem internet. Demorou mas pelo menos ficou bem grande, e cheio de fotos.
Mas é o último.
Agora o blog chegou ao fim, foram 67 posts em um ano, desde agosto de 2013.
Quem quiser saber mais agora só conto ao vivo.
E fotos tenho milhares ...