UBUD - BALI - INDONESIA

Saímos de Nusa Lembongan de barco rápido (30 min.) e depois mais 1,5 hs de van (tudo por US 18 por pessoa) e chegamos em Ubud.

Ubud fica quase no centro da ilha de Bali, é uma cidadezinha bacana, super-turística e cercada de plantações de arroz.

Plantação de arroz, na rua de trás do nosso hotel

Segundo o Ricardo Freire (procurem pelo seu ótimo site/blog sobre viagens), se voce vem a Bali, desça no aeroporto e fuja do agito de Kuta, Legian, Seminyak e outros pontos do sul da ilha, vá se hospedar diretamente em Ubud, muito mais autentica e, de lá faça seus passeios.

Ele não deixa de ter razão, Ubud  tem seu charme e tudo o que voce necessitar.

Seja um mega hotel maravilhoso e um restaurante com chef frances renomado até hoteizinhos bem simples e restaurantes populares baratinhos. Tem mil lojinhas de bugigangas até lojas de marcas mundialmente conhecidas e, tem também muito artista e trabalhos, principalmente os em madeira, realmente lindos.

Biah Biah, restaurante imperdível, comida típica da Indonésia,deliciosa.
Fazem pequenas porções,servidas em folha de bananeira a 0,70 US
cada. É legal que voce experimenta várias coisas diferentes.

Mais um, gostoso e barato.

Esse vegetariano tinha um tempero maravilhoso.
Preço, 2 pratos e 2 sucos US 8.

A cidadezinha é bem legal, mas as vilazinhas por perto é que são realmente autenticas, basta sair menos de 20 km, pra qualquer lado, que vai achar gente bem simples, normalmente cuidando de plantações ou artistas trabalhando, sem dar muita bola para o monte de turistas de Ubud.  Eles sim que são bem autenticos, e super religiosos também.

Ficamos hospedados no Pande Permai Bungalows, na Monkey Forest road, bem no estilo balines, muito bom, US 20/noite.

A entrada é bem pequena e simples, mas lá
dentro surpreende.

Nosso quarto.

Bem próximo do nosso hotel, dentro da vila tem o parque Monkey Forest, é bem agradável passear por lá e ver a macacada, estes não são agressivos (no templo de Uluwatu, sim), mas são meio cleptomaníacos, tem que tomar cuidado com óculos, camera, bolsas, etc. Os bichos ficam todos soltos e são muitos mesmo, é bem comum ver eles por vários locais da cidade, no nosso hotel as vezes apareciam uns bandos e, faziam muita bagunça.

Olha a folga desse.
Eles vivem cutucando um no outro.

A mãe não descuida do filhote nem por um minuto e,
se ele apronta ela cata ele pelo rabo.

Templos, tem por toda Bali e, acredito que toda a Indonésia, mas aqui parece que tem mais ainda, vários realmente muito lindos.

Olhem os detalhes da entrada deste.

Esse tinha local para banho, de purificação.

Esse num lago, é tão bonito que a foto parece
 uma montagem e
olha que o dia estava bem nublado.

Mais um, cheio de detalhes.

Um dia desses indo visitar uns terraços de arroz (plantações), passamos por uma vilazinha e vimos um agito, todo mundo na rua, resolvemos ver o que era, encostamos a motinho e logo apareceu uma senhora vendendo umas cangas. Ela tinha um ingles até que razoável e disse que era uma cerimonia religiosa, muito importante e que se quizessemos participar era só respeitar as regras, etc. e vestir um sarong, que aliás ela vendia. A Cris tinha o dela, eu não. Negociação de preço pra lá e pra cá, como sempre, eram 150.000 rúpias e saiu por 50.000. Não foi barato (US 4,50), tem até por 2 dólares. Me ensinou a amarrar a saia e lá fomos nós.

Daí perguntando por lá acabamos entendendo. Era uma cerimonia hindu de cremação.

Normalmente acontecem a cada 5 anos.

Sorte nossa estarmos aqui no dia certo.

Eles  preparam várias “vacas” de madeira e papel, bem grandes. Ficam reunidos, com vários objetos que relembrem dos mortos e muitas oferendas, daí ficam rezando e se reunindo, depois vão todos ao cemitério, carregando tudo e lá pegam os ossos das pessoas (já desenterraram antes) e põem tudo dentro do corpo das “vacas”.

Daí prá encerrar a cerimonia, no fim do dia metem fogo em tudo.

Segundo nos explicaram é uma cerimonia religiosa hindu ,respeitosa mas alegre pois para eles aquele dia é a passagem do morto ao “outro lado”, à nova vida, à liberdade. Eles vão enterrando os mortos e quando juntam dinheiro para a cerimonia fazem essa cremação comunitária, e é a cada 5 anos porque é caro pra eles.

Quem tem grana, crema logo após a morte.

Cada vila faz essa festa da cremação em data diferente, essa vimos dia 17/9. E agora aqui em Ubud, no dia 21 ia ter a daqui, mas como é bem maior, dura 3 dias.

Olha uma das vacas.

Para participar, obrigatório usar o sarong.

Final da cerimonia.

Outras vacas, já pegando fogo.

Os hindus acreditam na reencarnação e outra coisa curiosa que ouvi é que quando nasce uma criança, as vezes, muita gente vai visitar, mesmo quem não é da família, pois aquela criança pode ser um parente deles reencarnando, então é como dar as boas- vindas.

Aqui em Ubud, provamos o café Kopi Luwak, o mais caro do mundo. 

Eu já tinha ouvido falar pois no filme "Antes de Partir", Jack Nicholson, no papel de um milionário, cita esse café e sua preferencia por ele.

Só é produzido na Indonésia e a história é mais ou menos assim : -Na época que aqui era colonia holandesa, os holandeses fizeram muitas plantações de café, onde os indonesianos, nativos tinham que trabalhar.

É, claro que os bonzinhos dos holandeses, mandavam eles trabalharem mas não deixavam eles consumirem o café.

Um dia os nativos acharam grãos de café, praticamente intactos nas fezes do luwak (que parece uma raposinha), eles lavavam e moiam pra poder consumir.

E assim foi descoberto um café único, especialmente delicioso e raro. Dizem que por dois motivos, um é a reação do suco gástrico do bicho com os grãos e outro é que, não se sabe porque, mas o bichinho sabe bem escolher sempre os melhores grãos. A história pode ser mentira, mas o café existe.

Hoje em dia, uma pequena produção existe em vários lugares da Indonésia, mas os luwaks tem que ficar soltos, pois presos logo adoecem e morrem.

O café, depois de bem lavados os grãos, torrados, moídos é coado em filtro de papel (foi assim que tomei).

Se não me engano o preço, aqui é US 300 o quilo.

Eu paguei na xicrinha, quase US 3, tava em promoção, o preço normal é US 4,50. Mas me disseram que esse que eu tomei não é 100 % puro ?! Porque senão seria mais caro.

Sei lá, mas era delicioso e o aroma impressionantemente gostoso.

Olha a cara do luwak, o bichinho responsável pela fama do café.

Mais fotos:

Fish spa, "peixinhos pedicure",
são originários da Turquia e o nome deles é  kanggal fish.

30 minutos = 8 US
para os padrões daqui é caro, pois uma hora de
massagem completa sai em geral a 5,50 US.

Essa foto possui 4 das coisas que tem muito
aqui em Bali.
-Templos
- Pessoas fazendo oferendas
-Cachorros e
-Motos

Nos templos só entra se for de sarong...

isso se puder entrar, pois na maioria não pode.

Terraços ou plantações de arroz de
Tegallalang, uns 20 km de Ubud,
são lindos, pena que o dia tava meio nublado.

Andando pelos terraços, vimos esse senhor lá sentado
sozinho, parecia que estava meio triste...

daí, a Cris ficou tentando puxar conversa com
ele, claro que ele não entendeu nada e ela
também não...


 

após um tempinho ele deu o cesto dele pra ela
segurar, pos um chapéu na cabeça dela
e fez um sinal pra eu tirar uma foto.
Ninguém entendeu nada, nem ele nem nós mas,
caso encerrado, ele ficou todo sorridente
e nós saímos satisfeitos !

Próximo post Tulamben, ainda em Bali.