Em Mae Sot
pegamos um avião até Chiang Mai, US 48 /cada e 50 min. de voo, depois até Pai
uma van por 3,5 hs e US 5 /cada.
Como eu
tinha dito antes, voltamos para Pai, no norte da Tailandia para ficarmos 20
dias e evitar a super lotação nas ilhas agora nessa época de natal e reveillon.
Falando nisso, os budistas (maioria dos tailandeses), não comemoram o natal e
também tem um calendário diferente do nosso.
Aqui estamos no ano de 2557 e a
virada do ano é igual a nossa em 31 de dezembro, mas eles tem outra que pode
ser no dia 13 ou 14 de abril (dependendo do ano), onde muda o animal do ano (ano
do tigre, do dragão, do rato, etc.).
Como eles também tem o costume de viajar
agora nessa época, a cidade aqui ficou totalmente cheia de tailandeses vindos
de várias partes do país.
Rua mais movimentada de Pai, de noite, num dia qualquer... |
... e a mesma rua no dia 30/12. |
Mas tudo bem
pois tinhamos alugado uma casa.
Pagamos US 14 por dia com tudo incluído.
A casa
é bem simples, mas grande, com 3 quartos e quase sem mobília (quase todas aqui
são assim).
Não podemos reclamar, estamos bem próximos do centrinho e ao mesmo
tempo numa rua super sossegada.
Fora dessa época (a mais cara do ano), uma casa
igual a essa deve sair por no máximo uns US 200 por mês.
"Nossa" casinha... |
...tinha até um mini templo, particular... |
... claro que uma foto do Casal Real... |
... e, também não podia faltar um quadro de Buda... |
... e um quadrinho de uma zebra engraçada andando de bicicleta. |
Alugamos
tres bikes (US 1,30 /dia cada) e assim esperamos os dias passarem.
Dia sim, dia
não, damos umas voltas pelas vilas da redondeza e pelas plantações de arroz
(agora o arroz já foi colhido e não é tão bonito) e sempre acabamos achando um templo
novo para conhecer.
Pedalando nas estradinhas em volta de Pai. |
Um dos templos, dentro da vila de Pai. |
Outros dias
íamos em algum café no centro ou algum bar na beira do rio, e passávamos horas vendo o povo passar.
Um dos vários cafés da vila. |
Não saímos
tanto a noite e aproveitamos a chance de poder cozinhar (nós não, a Sílvia)
pois uma das coisas que acabam enchendo nas viagens muito longas é todo dia ir
comer em restaurantes e na rua.
Falando em
tempo de viagem, já faz pouco mais de 6 meses que saímos do Brasil e já estamos
há 4 meses aqui na Ásia.
Acho pouco, tem muito pra ser visto ainda.
Como não
tenho muito mais pra contar sobre Pai (tem o outro post), então vou aproveitar
e falar um pouco sobre as “tribos étnicas” ou “tribos das montanhas” que vivem
no norte da Tailandia.
Antes, me lembrei de outra coisa.
Uma boa dica, se alguém vier pra esses lados é viajar
por toda essa região de moto alugada, se tiver tempo sobrando dá pra conhecer
todo o norte da Tailandia, sai baratíssimo e dá pra aproveitar bem melhor,
conhecendo várias cidades, turísticas ou não.
Chega-se em Chiang Mai, deixa-se a
bagagem pesada em algum lugar e curte-se a região de motoca. Vários gringos
fazem isso.
É só não estar na época das chuvas que não tem muito perigo (com um
mínimo de experiencia, claro).
Voltando às
“tribos”.
São pouco mais de 500 mil descendentes de imigrantes do Myanmar,
Tibet e China que vivem nas montanhas do norte da Tailandia.
Quase todos são
animistas (tipo de religião, crença), acreditam em um mundo de espíritos que
habitam tudo, desde os rios, florestas, casas, jardins, etc..
Historicamente
a maioria dessas tribos vivia do cultivo de papoulas para “fabricação” de ópio,
mas isso foi no passado.
Hoje em dia
várias vivem do turismo (pelo menos as mais acessíveis) e outras mais
reservadas vivem de plantações de arroz e outros cereais e também dos
artesanatos e trabalhos em prata.
Por serem
descendentes de imigrantes (certamente ilegais) são até hoje meio que
discriminadas, mas isso pelo governo que não reconhece, ou ao menos, dificulta
o reconhecimento desse povo como cidadão tailandes. O tailandes, em geral,
aceita e respeita esse pessoal, sem discriminação.
Existem 4
“tribos” principais, aqui no norte da Tailandia (em outros paises vizinhos também
tem várias outras), vou falar um pouquinho sobre cada uma.
Não fomos
visitar nenhuma especificamente (depois digo porque), mas em muitas cidades
daqui voce vive cruzando com essas pessoas que vem vender seus artesanatos,
tecidos e tentar aproveitar a grana dos turistas.
- Karen.
A
maior tribo de todas, originários do Myanmar, são mais de 400 mil (aqui na
Tailandia) e em torno de 7 milhões vivendo no Myanmar.
Algumas mulheres karen
são as famosas “mulheres girafa” que usam (por acharem bonito) umas argolas em
volta do pescoço, dando a falsa impressão de terem um pescoço muito longo.
Voce
vai encontrar pessoas que juram que elas tem um pescoço fora do normal, etc..
Mas na real é tudo ilusão de ótica.
Já ouvi até dizerem que se elas tirarem as
argolas o pescoço não aguenta e pode dobrar...
Tudo papo furado.
Karen. (essa foto e as 3 próximas não estão boas, pois fotografei do guia de viagens) |
- Hmong.
Em
torno de 80 mil, originários da China.
Esses usam umas roupas ultra coloridas e
bastante jóia de prata.
De interessante tem que existe uma divisão nessa tribo,
os chamados de white hmongs e os blue hmongs. Isso se refere a um costume muito
feio que alguns hmongs antigamente tinham de comer carne humana. Então, os
whites são os que não aprovam isso e os blues são os canibais, rsrsrs.
Hmongs. (acho que essas duas são do time dos blues) |
- Akha.
Uns
30 mil, originários do Tibet, costumam habitar os lugares mais remotos e
inacessíveis e por isso ficaram bastante tempo produzindo o ópio, mas hoje em
dia produzem outras coisas.
São conhecidos pela sua gentileza e hospitalidade e
as mulheres costumam usar uns adornos bem chamativos na cabeça, super decorados
e engraçados. Trabalham bastante com prata.
Akhas. |
- Lisu.
Também originários do Tibet, são uns 25 mil.
Poucos, mas vistos em todas as
cidades grandes e turísticas pois hoje vivem quase que só do turismo, vestindo
suas roupas típicas, só para os turistas tirarem umas fotos e assim receberem
uns trocados.
Mulheres lisus. |
Se voce vem
pra essas cidades do norte da Tailandia, fica difícil fugir de algum passeio
super turístico que é ir visitar alguma ou algumas dessas tribos étnicas.
Eu,
particularmente, sou contra, não vou.
Até entendo que os coitados conheceram a
cor da grana fácil dos turistas e sei que precisam sobreviver. Mas acaba que
fica tudo muito fingido e assim que encosta um onibus na tribo, todo mundo
sorri, veste sua roupa típica (que na verdade só era usada nos dias de festas)
e esperam as fotos e quem sabe a venda de algum artesanato.
Tipo zoológico
humano.
Não gosto.
Mas, se voce
procurar, tem “trekkings” em várias regiões onde voce vai conhecer alguma ou
algumas tribos que são ainda bem originais e onde, dizem que o povo é bem legal e
voce pode até passar uns dias com eles se quiser.
Aí sim, sou a favor, mas os
acessos não costumam ser muito fáceis.
Sorte deles.
Algumas
fotos :
Reveillon, com fogos e balões... |
... é uma tradição tailandesa soltar balões no ano novo... |
... e o céu ficou assim, milhares de balões. |
Belo templo próximo a Pai. Por fora e ... |
... por dentro. |
Búfalos. Ainda bastante utilizados, principalmente nas plantações de arroz. |
Bicicletando nas redondezas. Reparem na ponte, toda feita de bambu, como várias daqui. |
Nos botecos da cidade ... |
... e na beira do rio. |
Agora dia 6,
voltamos a Chiang Mai e dia 8 vamos embora dessa região norte (depois de 39 dias)
em direção às ilhas e praias ensolaradas de mar azul, afinal, ninguém é de
ferro.
Próximo post
Koh Samui.
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