domingo, 5 de janeiro de 2014

PAI - TAILANDIA (2)

Em Mae Sot pegamos um avião até Chiang Mai, US 48 /cada e 50 min. de voo, depois até Pai uma van por 3,5 hs e US 5 /cada.

Como eu tinha dito antes, voltamos para Pai, no norte da Tailandia para ficarmos 20 dias e evitar a super lotação nas ilhas agora nessa época de natal e reveillon.

Falando nisso, os budistas (maioria dos tailandeses), não comemoram o natal e também tem um calendário diferente do nosso.
Aqui estamos no ano de 2557 e a virada do ano é igual a nossa em 31 de dezembro, mas eles tem outra que pode ser no dia 13 ou 14 de abril (dependendo do ano), onde muda o animal do ano (ano do tigre, do dragão, do rato, etc.).

Como eles também tem o costume de viajar agora nessa época, a cidade aqui ficou totalmente cheia de tailandeses vindos de várias partes do país.




Rua mais movimentada de Pai,
de noite, num dia qualquer...




... e a mesma rua no dia 30/12.


Mas tudo bem pois tinhamos alugado uma casa.
Pagamos US 14 por dia com tudo incluído.
A casa é bem simples, mas grande, com 3 quartos e quase sem mobília (quase todas aqui são assim).
Não podemos reclamar, estamos bem próximos do centrinho e ao mesmo tempo numa rua super sossegada.
Fora dessa época (a mais cara do ano), uma casa igual a essa deve sair por no máximo uns US 200 por mês.




"Nossa" casinha...



...tinha até um mini templo, particular...



... claro que uma foto do Casal Real...



... e, também não podia
faltar um quadro de Buda...



... e um quadrinho de uma
zebra engraçada andando de bicicleta.


Alugamos tres bikes (US 1,30 /dia cada) e assim esperamos os dias passarem.

Dia sim, dia não, damos umas voltas pelas vilas da redondeza e pelas plantações de arroz (agora o arroz já foi colhido e não é tão bonito) e sempre acabamos achando um templo novo para conhecer.





Pedalando nas estradinhas
em volta de Pai.



Um dos templos, dentro da vila de Pai.


Outros dias íamos em algum café no centro ou algum bar na beira do rio, e passávamos horas vendo o povo passar.




Um dos vários cafés da vila.


Não saímos tanto a noite e aproveitamos a chance de poder cozinhar (nós não, a Sílvia) pois uma das coisas que acabam enchendo nas viagens muito longas é todo dia ir comer em restaurantes e na rua.

Falando em tempo de viagem, já faz pouco mais de 6 meses que saímos do Brasil e já estamos há 4 meses aqui na Ásia.
Acho pouco, tem muito pra ser visto ainda.

Como não tenho muito mais pra contar sobre Pai (tem o outro post), então vou aproveitar e falar um pouco sobre as “tribos étnicas” ou “tribos das montanhas” que vivem no norte da Tailandia.

Antes, me lembrei de outra coisa.
Uma boa dica, se alguém vier pra esses lados é viajar por toda essa região de moto alugada, se tiver tempo sobrando dá pra conhecer todo o norte da Tailandia, sai baratíssimo e dá pra aproveitar bem melhor, conhecendo várias cidades, turísticas ou não.
Chega-se em Chiang Mai, deixa-se a bagagem pesada em algum lugar e curte-se a região de motoca. Vários gringos fazem isso.
É só não estar na época das chuvas que não tem muito perigo (com um mínimo de experiencia, claro).

Voltando às “tribos”.
São pouco mais de 500 mil descendentes de imigrantes do Myanmar, Tibet e China que vivem nas montanhas do norte da Tailandia.
Quase todos são animistas (tipo de religião, crença), acreditam em um mundo de espíritos que habitam tudo, desde os rios, florestas, casas, jardins, etc..
Historicamente a maioria dessas tribos vivia do cultivo de papoulas para “fabricação” de ópio, mas isso foi no passado.
Hoje em dia várias vivem do turismo (pelo menos as mais acessíveis) e outras mais reservadas vivem de plantações de arroz e outros cereais e também dos artesanatos e trabalhos em prata.
Por serem descendentes de imigrantes (certamente ilegais) são até hoje meio que discriminadas, mas isso pelo governo que não reconhece, ou ao menos, dificulta o reconhecimento desse povo como cidadão tailandes. O tailandes, em geral, aceita e respeita esse pessoal, sem discriminação.
Existem 4 “tribos” principais, aqui no norte da Tailandia (em outros paises vizinhos também tem várias outras), vou falar um pouquinho sobre cada uma.

Não fomos visitar nenhuma especificamente (depois digo porque), mas em muitas cidades daqui voce vive cruzando com essas pessoas que vem vender seus artesanatos, tecidos e tentar aproveitar a grana dos turistas.

- Karen.
A maior tribo de todas, originários do Myanmar, são mais de 400 mil (aqui na Tailandia) e em torno de 7 milhões vivendo no Myanmar.
Algumas mulheres karen são as famosas “mulheres girafa” que usam (por acharem bonito) umas argolas em volta do pescoço, dando a falsa impressão de terem um pescoço muito longo.
Voce vai encontrar pessoas que juram que elas tem um pescoço fora do normal, etc..
Mas na real é tudo ilusão de ótica.
Já ouvi até dizerem que se elas tirarem as argolas o pescoço não aguenta e pode dobrar...
Tudo papo furado.




Karen.
(essa foto e as 3 próximas não estão boas,
 pois fotografei do guia de viagens)



- Hmong.
Em torno de 80 mil, originários da China.
Esses usam umas roupas ultra coloridas e bastante jóia de prata.
De interessante tem que existe uma divisão nessa tribo, os chamados de white hmongs e os blue hmongs. Isso se refere a um costume muito feio que alguns hmongs antigamente tinham de comer carne humana. Então, os whites são os que não aprovam isso e os blues são os canibais, rsrsrs.




Hmongs.
(acho que essas duas são do time dos blues)


- Akha.
Uns 30 mil, originários do Tibet, costumam habitar os lugares mais remotos e inacessíveis e por isso ficaram bastante tempo produzindo o ópio, mas hoje em dia produzem outras coisas.
São conhecidos pela sua gentileza e hospitalidade e as mulheres costumam usar uns adornos bem chamativos na cabeça, super decorados e engraçados. Trabalham bastante com prata.




Akhas.


- Lisu.
Também originários do Tibet, são uns 25 mil.
Poucos, mas vistos em todas as cidades grandes e turísticas pois hoje vivem quase que só do turismo, vestindo suas roupas típicas, só para os turistas tirarem umas fotos e assim receberem uns trocados.




Mulheres lisus.


Se voce vem pra essas cidades do norte da Tailandia, fica difícil fugir de algum passeio super turístico que é ir visitar alguma ou algumas dessas tribos étnicas.
Eu, particularmente, sou contra, não vou.
Até entendo que os coitados conheceram a cor da grana fácil dos turistas e sei que precisam sobreviver. Mas acaba que fica tudo muito fingido e assim que encosta um onibus na tribo, todo mundo sorri, veste sua roupa típica (que na verdade só era usada nos dias de festas) e esperam as fotos e quem sabe a venda de algum artesanato.
Tipo zoológico humano.
Não gosto.

Mas, se voce procurar, tem “trekkings” em várias regiões onde voce vai conhecer alguma ou algumas tribos que são ainda bem originais e onde, dizem que o povo é bem legal e voce pode até passar uns dias com eles se quiser.
Aí sim, sou a favor, mas os acessos não costumam ser muito fáceis.
Sorte deles.

Algumas fotos :




Reveillon, com fogos e balões...



... é uma tradição tailandesa soltar balões no ano novo...



... e o céu ficou assim, milhares de balões.


Belo templo próximo a Pai.
Por fora e ...



... por dentro.



Búfalos.
Ainda bastante utilizados, principalmente
nas plantações de arroz.



Bicicletando nas redondezas.
Reparem na ponte, toda feita de bambu, como
várias daqui.



Nos botecos da cidade ...



... e na beira do rio.


Agora dia 6, voltamos a Chiang Mai e dia 8 vamos embora dessa região norte (depois de 39 dias) em direção às ilhas e praias ensolaradas de mar azul, afinal, ninguém é de ferro.

Próximo post Koh Samui. 

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