Sei que Vietnã no título deveria ter esse acento (til) em cima do A, mas sei lá porque quando escrevo com maiúscula ele some... Esse meu teclado...Também nunca consigo por crase...Se é que ainda existe isso...
De Luang Prabang para cá viemos de avião, US
109/ cada e pouco mais de uma hora de voo.
No Vietnã existe um sistema de visto na chegada, no
aeroporto.
Mas antes a pessoa tem que
preencher uns formulários na internet e esperar para receber um tipo de uma
carta que vai ser apresentada no aeroporto e na hora voce paga US 25, e tem seu
visto de 30 dias.
Depois se quiser ampliar a estadia, é meio burocratico e pode não ser
barato.
Como nós queríamos mais de 30 dias, tiramos o
visto com antecedencia, através de um escritório de turismo em Luang Prabang,
no Laos, leva tres ou quatro dias para o passaporte voltar e paga-se US 100
por um visto de 90 dias. Mais fácil assim.
Nos hospedamos no Hanoi Legacy Hotel, US 20/
noite.
Bem melhor que a maioria dos hotéis que costumamos ficar.
Fica no bairro
Old Quarter, no centro, acredito que é a parte mais legal de Hanói.
Não só o hotel, mas o pessoal que trabalha aqui também é legal. |
A cidade, capital do Vietnã, é bem grande (mais
de 6 milhões de habitantes), lotada, poluída e caótica.
A princípio eu não gosto de cidades grandes, são
muito parecidas, em geral congestionadas, de difícil locomoção e impessoais.
Questão de gosto, mas sou paulista, nasci e cresci numa das maiores cidades do
mundo, poderia estar acostumado, como acredito que a maioria dos paulistas
está.
Acontece que já viajei bastante e até tive a sorte de morar em outros
lugares bem pequenos. Então tenho outras referencias e posso afirmar. Não gosto
de cidade grande. Não gosto de São Paulo. Nem um pouco.
Contudo, não sei bem porque, mas as vezes
sinto-me bem em meio a bagunça e caos de uma cidade grande.
La Paz, na Bolívia,
por exemplo.
E isso aconteceu aqui, Hanói é um caos, mas sei lá porque, gostei
de estar aqui.
Lógico que eu nunca moraria num lugar desse, serve só para
passar poucos dias.
Bom, também tenho que levar em conta que nem saí do Old Quarter,
só dei umas voltas pelas ruas, sentei nos cafés, bares de rua e nos arredores
do lago e observei as formigas no fomigueiro (é isso que parecem).
O povo e os
costumes são tão diferentes dos nossos.
Gostei, me senti bem, fico tranquilo e
me sinto seguro.
Não tem explicação lógica, mas não precisa ter.
Sei que aqui
no meio desse monte de gente é cheio de espertinhos e malandros e golpezinhos
contra turistas existem vários.
Mas não to nem aí, gosto de observar o movimento, o
caos.
O vietnamita é interessante, parece-me que tem a
alimentação como a coisa mais importante na vida, comem várias vezes por dia e,
não costumam cozinhar em casa, comem na rua mesmo. Em geral não em restaurantes mas nas
calçadas em mesinhas e banquinhos que parecem de criança.
A cozinha e ... |
... o restaurante, na calçada. |
Claro
que tem muita fritura e coisas esquisitas, mas os aromas costumam ser bons.
Pelo cheiro dá vontade de provar muita coisa, agora pela aparencia...
Bom, prá
mim não.
Nós costumamos comer em restaurantes simples, e
aqui tem coisas bem interessantes e gostosas.
Tentamos também comer na rua, mas
nem sempre temos certeza do que é, as vezes dá certo, mas nem sempre.
Outro restaurante, na calçada e parte da rua. |
Cafés são uma mania, todo canto do Old Quarter
tem.
Claro que tem vários ocidentalizados, para os turistas, com vista pro
lago, bonitos, etc..
Mas legais mesmo são os deles, portinhas minúsculas e
mesinhas na calçada, cada café gostoso.
Eles mesmo costumam tomar gelado e com
misturas.
Eu gosto quente e puro.
Existem diversos tipos de grãos e diferentes
maneiras de serem feitos.
Eu nem pergunto nada, peço um “black coffee, hot” e
pronto. Muito bom.
Eta café bom, na calçada mesmo, dividindo espaço com as motos. |
Muitos não tem nome, é só Café e o número em que ele está na rua. |
Agora uma menção honrosa para a cerveja
vietnamita.
Não a cerveja normal de garrafa ou lata, estas são boas sim, mas nada
de excepcionais.
Estou falando da Bia Hoi.
Talvez a cerveja mais barata do
mundo.
O Vietnã é famoso por produzir essa cerveja artesanal, sem conservantes
em várias regiões. Eh tipo um chopp, gostoso, mas mais suave.
Toma-se sentado na
calçada mesmo, em várias esquinas do Old Quarter e é fabricado todo dia pois
tem que ser consumido no mesmo dia, cada canto faz o seu.
Bia Hoi, todo dia, de dia e de noite. |
Claro que tem umas
melhores e outras piores e claro que um apreciador expert em cerveja
provavelmente não vai gostar.
Mas eu gosto.
Custa de US 0,25 a 0,40 a caneca,
ou copo grande.
Perfeito.
Ah, e o copo sujo é quase garantido.
Quem introduziu e ensinou os vietnamitas a
fazerem essa cerveja foram os tchecos, num tipo de “solidariedade comunista”,
de antigamente.
Prova que nem tudo que é comunista tem que ser ruim.
Durante o dia nem sempre tem muita gente a fim de tomar cerveja... |
... já de noite. |
Uma forma de arte diferente, antiga e típica
daqui é o teatro de marionetes na água.
Tem mais de 1.000 anos de história e foi criado para a diversão do povo que trabalhava nos alagados campos de arroz.
Um dia fomos no Municipal Water Puppet Theatre.
Pagamos US 5/ cada, pelos melhores
lugares na platéia.
O show é, digamos assim, bizarro.
Logo que entramos eu
reparei que tinham algumas crianças na platéia e assim que o show começou, a
primeira coisa que pensei foi que algumas daquelas crianças não iriam dormir a
noite, hahaha.
Os bonecos são até assustadores.
Mas vale pela arte.
Não precisa
agradar a todos, o importante é que só por ser milenar, já é história e que a
história seja perpetuada.
Mas que era chato, ah isso era !
Não são marionetes com fios, como todos já devem ter visto. Essas são comandadas pelos artistas que ficam atrás da cortina de bambu e mexem controles debaixo da água. |
Me lembrei do "Chuck" aquele boneco dos filmes de terror. |
No final os artistas saem de trás das cortinas e vem para os aplausos. |
Hanói tem diversas outras atrações, como museus,
teatros, etc..
Mas dessa vez não estávamos muito a fim disso e depois ainda
temos muito o que viajar pelo Vietnã.
Agora vamos em direção ao norte, até
perto da fronteira com a China, depois voltamos a Hanói e iremos em direção ao
sul, parando em várias cidades, praias, etc., até chegar em Saigon (Ho Chi Minh
City), e talvez dar uma voltinha pelo Delta do Mekong.
Afinal aqui parecemos
ricos, 1 dólar equivale a 21.000 dongs e pelo menos na hora que saco dinheiro no
ATM e tiro 5 milhões de dongs, me sinto rico, rsrsr.
Só rico não, tenho
milhões, sou milionário.
Vamos aproveitar essa “ilusão”.
Mais fotos :
Olha essa árvore, que estranha. |
Parece muita carga ? Que nada, tem uns com muito mais. |
Ainda se usa bastante esse tipo de transporte aqui em Hanói, principalmente os turistas. Mas tem que ficar esperto. Na hora de pagar, aquilo que foi combinado costuma ficar muitas vezes mais caro. |
Mona Lisa vista pelos olhos de um artista vietnamita. |
Quem disse que calçada é para pedestres ? Aqui é para motos. |
Olha o preço do copo de cerveja Bia Hoi, no cartaz vermelho. 5.000 dongs que é igual a 0,60 de real. Com esse preço voce tomaria quantas ? |
Agora uma série de fotos sobre capacetes.
Acredito que o Vietnã seja o país que tem mais motos per capita do mundo então é de se esperar que existam muitos capacetes também.
Bom, na verdade não é bem assim ...
Nem todo mundo usa, acho que não é obrigatório.
E também se fosse não quer dizer que usariam.
Digamos que as leis aqui não são feitas pra se seguir a risca, rsrsr.
Pode ser sem capacete, a cabeça é sua ... |
... esse é o que a maioria aqui usa. Mas acho que no caso de uma queda não ajuda muito ... |
...e ainda tem mais duas versões. Essa com uma abertura para rabo-de-cavalo... |
... ou com um buraco para quem usa coque... |
... ou rabo-de-cavalo mais alto. Hehehe. |
Próximo post vai ser sobre uma volta, em direção as montanhas do norte, com duração de mais ou menos uma semana, passando por várias cidades, indo até bem próximo da divisa com a China e retornando a Hanói.
Meus amigos milhonários, e quem pode dizer que não?
ResponderExcluirLegal!!!
Tomem umas pensando em nós!!!