terça-feira, 29 de outubro de 2013

GEORGETOWN - PULAU PINANG - MALÁSIA




De Pulau Pangkor, saímos com o ferry público US 1,60/ cada, por 45 min. e chegamos em Lumut, então pegamos um onibus US 6,50/ cada, 3,5 hs., até Butterworth.
Em Butterworth o onibus chega em frente ao pier, então é só pegar um ferry US 0,30/ cada e em 15 min. chegamos em Georgetown, maior cidade da ilha de Penang, ou Pulau Pinang, como eles falam aqui.
Chegando em Georgetown, é só caminhar um pouquinho e já pegar um onibus turístico (de graça), que dá uma volta pela centro da cidade. Descemos próximos do nosso hotel.

Ficamos no Hotel Mingood, US 30/ diaria, ótimo hotel (para os nossos padrões), bem localizado, fazíamos quase tudo a pé.

Penang é uma ilha bem desenvolvida e bem grande, Georgetown é a capital.

Quando o ferry (enorme, dois andares para passageiros e carros) vai se aproximando, voce já ve o que te espera, uma cidade enorme, mais de 700 mil habitantes.
Já não gostamos muito, mas sabíamos que seria assim.
Então o que viemos fazer aqui ?   - Bom, a ilha em si não tem grandes atrativos, tanto que nem saímos de Georgetown, mas a cidade tem fama de ter comidas típicas, estranhas, exóticas, etc.. E também, alguns pontos turísticos.

Mas claro que tem aquela chatice de cidade grande, transito (até que razoável), muita gente, lixo nas ruas, calçadas intransitáveis e, dizem que ladrões.
Principalmente aqueles que passam de moto e arrancam bolsas e mochilas de pessoas distraídas.
A senhora que servia café no hotel disse que a cada 5 minutos ocorre um roubo desse tipo e a polícia não faz nada, disse que ela já foi roubada 8 vezes.
No ferry já tem cartazes em ingles falando sobre esses “perigos”, no nosso guia de viagem e no saguão do hotel também.

Tão perigoso assim não é, voltávamos a pé de noite (as vezes bem tarde), passando por lugares “suspeitos” e nunca senti insegurança nenhuma.
Pra mim, a grande diferença é se o bandido tem arma ou não. Aqui, supõem-se que não, então se vierem me roubar e eu achar que consigo, tento quebrar a cara dele, senão entrego tudo e pronto. Sabendo que não corremos o risco de morrer, fica mais “light”.
Agora se fosse no Brasil... Sei que é meio chato falar desses assuntos, mas é a realidade, né ?

Vamos falar sobre as comidas.
Como eu disse Penang, mais precisamente Georgetown, tem a fama de ter uma culinária diferente.

Tem comida indiana, chinesa, malaia e um outro tipo que é uma fusão da malaia e chinesa, a peranakan.

Peranakan, não é somente uma culinária diferente, é toda uma cultura que nasceu a muito tempo atrás quando chineses chegaram aqui e adotaram costumes malaios somados a um estilo de vida colonial britanico, na linguagem, cultura, e claro na culinária.

Quem tiver interesse em pesquisar, procure por Peranakan ou Nyonya cuisine, como também é conhecida.

Inclusive tem um prato, o Assam Laksa que está no sétimo lugar do ranking do CNN’s World’s 50 Most Delicious Food of  2011.
Não podíamos deixar de experimentar. A aparencia não é das melhores. O cheiro é até meio ruim.  Mas o sabor sim, é bem gostoso.
Difícil descrever exatamente, mas com certeza algo de peixe, algumas verduras e um macarrão diferente, consistencia de uma sopa e tudo com um molho um pouco azedinho, e também um pouco adocicado, sabor de ervas.
Gostoso, mas não delicioso.
Bom, gosto não se discute, mas ”sétimo lugar nas comidas mais deliciosas do mundo”, daí já forçaram a barra hem !!




O premiado Assam Laksa, preço US 2,20.


Fomos em vários lugares, restaurantes, bares, barraquinhas de rua e comemos várias coisas indefinidas.
Gostamos de algumas e de outras nem tanto, mas não adoramos nada.
Mas o que vale mesmo pra mim são as curiosidades, gosto é de observar os costumes tão diferentes dos nossos.
E, algumas vezes, não entender nada do cardapio (quando existe um), não conseguir trocar uma palavra com o garçom, comer algo com gosto totalmente diferente do que voce estava pensando quando escolheu, isso é muito legal.
Ainda mais quando chega a hora de pagar a conta, dá mais gosto em tudo, os preços costumam ser ridículos.


Feirinha de comidas chinesas.



Além de outros pratos, escolhemos essa "coisa" que
não era nada ruim.





Jaya, um indiano, perto do nosso hotel.



Fomos duas vezes, na primeira a Cris
pegou um tipo de arroz, bem gostoso. Eu esses
"pastéis", que vem ocos, com o recheio do lado de fora, esse era
de batata, super temperada, bom.
As bebidas típicas são a base de iogurte.


Na segunda vez pedimos esses 3 pratos com
um tipo de pão e molhos diferentes, depois mais um outro
que não está na foto e as duas bebidas de iogurte.
 Preço de tudo US 5,20.


Essas fotos abaixo são de um bar/restaurante chines que é bem legal, o De Tai Tong Café. O tipo de comida que eles servem é  Dim Sum (são petiscos), pequenas porções.
Existem restaurantes assim em diversas partes do mundo, até em S. Paulo tem, mas a origem é da China. Agora esse aqui é muito legal, é bem bagunçado, as atendentes tem por volta de uns 70 anos, então imaginem, umas não entendem direito o que voce pede, outras nem querem te ouvir, elas mesmo meio que escolhem o que voce vai comer. Passam com os carrinhos com as porções, se voce demora pra escolher elas podem perder a paciencia e escolhem por voce.
É muito engraçado, são umas rabugentas, as vezes elas riem delas mesmas, kkkkk.
Nos divertimos.
Ah, e os preços, também são uma piada !



O lugar é meio caidinho, se não tivéssemos a dica,
só passando na frente, não teríamos entrado.



Esse é o carrinho das sobremesas.
A responsável por esse era só meio rabugenta.



Esse carrinho do Pao, parecem uns suspiros,
mas é um tipo de pão recheado.
A atendente, essa era uma exceção, bem simpática.



Carrinho das porçõenzinhas, esse é o principal.
E essa a rabugenta-mor !!



Essas são as panelinhas, onde os "bolinhos"
são cozidos no vapor.
Escolhemos, ou melhor, escolheram por nós, quatro
tipos diferentes, eram bons, a massinha tem uma
consistencia de gelatina e os recheios são meio indefinidos
mas tem de frango, porco, camarão e outras misturas.



Esse que parece um suspiro é o Pao, não pão.  Pao em chines.
Atrás aquele com aparencia horrível é um meio famoso, não
lembro o nome, tem arroz, cogumelo, porco, molho de peixe,
era bem ruinzinho.



O recheio do Pao.
A massa é bem estranha, nunca comi nada parecido,
meio esponjosa, e recheio tem de várias coisas.
Doces e salgados. Esse era de camarão com um molho
meio adocicado, era gostoso !


Tem uma fruta, a Durian, chamada de Rei de Todas as Frutas, é "parente" da nossa jaca e é considerada uma iguaria aqui na Malásia (em outros países da Ásia também) e dizem que aqui em Penang são produzidas as melhores do país. Dizem que são deliciosas mas só tem um problema, é uma das frutas mais fedidas do mundo.
É proibido seu consumo e porte em vários locais.
Em Singapura é proibido o consumo em qualquer lugar público fechado.



Fico devendo uma foto da fruta.
Essa é de um mural no saguão do nosso hotel, falando
que é proibido entrar com a fedida.


Visitamos alguns lugares turísticos, aí vão as fotos :




Pinang Peranakan Mansion.
É uma casa do fim do séc. 19 no estilo daquela
cultura Peranakan, que eu citei.
Exemplifica bem a riqueza da época.
Era de um magnata daqui.



Painéis e divisórias chinesas, piso ingles e
trabalhos em aço escoceses.


Esse pátio interno é muito legal.
Um dia, se eu tiver uma casa, quero um.



Leon San Tong Khoo Kongsi.
É uma casa que fica dentro de um quarteirão chines, lindíssima...



...tem inúmeros detalhes...



...parece um templo, mas não é.





Kek Lok Si Temple.
Esse é o maior templo budista da Malásia,
infelizmente não está muito bem cuidado, na minha
opinião não vale a pena visitar.



É conhecido como o templo dos 10 mil budas,
dizem que tem até mais, pois realmente
é enorme.
Antes de estranharem essa suástica nos budas da foto acima, eu também estranhei e fui procurar saber.
Temos a tendencia de ligar esse símbolo ao nazismo.
Nesse caso, claro que não tem nada a ver.
O que diz a história é que esse é um dos primeiros símbolos criado pela humanidade e já foi utilizado em diversas culturas e religiões diferentes, mas não se sabe bem nem o que significa e nem porque.
Por exemplo, no Japão  é usada até hoje pra indicar os locais dos templos num mapa.
Na China, desde o ano 700, representava o número 10.000.
Na Índia, os reis hindus introduziram seu uso há muito tempo atrás...
Sei que ainda não expliquei porque está associada ao budismo, mas na verdade eu também não entendi muito bem, rsrsrs.

Mais umas :



Charme nas ruas de Georgetown, esses triciclos
são bastante utilizados, mas quase
sempre por turistas.



Arte nas ruas.




Outra pintura.
 Existem várias espalhadas pela cidade.


Bairro Little India.



Indianas.
Pedi licença pro marido pra tirar a foto, ele
concordou, mas pela cara acho
que não gostou muito.



Indiano.
Essa mania de comer com a mão, eu não acho nem
um pouco legal, mas respeito os costumes.


Próximo post Pulau Langkawi.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PULAU PANGKOR - MALÁSIA

Saímos de Kuala Lumpur agora em direção à costa oeste, 4 hs de onibus por US 8 /cada até Lumut e, mais um ferry (barco) 45 min. por US 1,50 /cada e chegamos na ilha Pulau Pangkor.



Olhem esse ferry, parece um submarino.
Deste lado da Malasia é totalmente diferente do outro,
lá geralmente eram lanchinhas, já aqui...



Mas "nosso" ferry foi este, bem grandinho também.


Essa ilha não vive do turismo mas sim da pesca e da “fabricação”de peixes e outros seres marinhos secos.


  
Gira tudo em função do pescado,
mas é bem rústico.


Tem um pouco de turismo estrangeiro, mas em geral só com acomodações simples.
Dizem que fica bem cheia de turistas malaios, nos fins de semana.

A ilha é pequena, tem uma estrada que dá toda a volta (de moto em 1 ou 2 horas, voce conhece tudo).
E o transporte é feito por vans cor de rosa que tem preços fixos, dependendo da praia que vai.
Por exemplo, do jetty (cais) principal até a praia de Teluk Nipah, melhor lugar pra se hospedar, sai por US 4,50, dividido pelo número de passageiros.



O táxi.


Ficamos no Nazri Nipah Camp, US 12,50 /diaria do quarto com banheiro, bem simples mas com um astral bem legal. Para quem preferir tem dormitórios compartilhados por US 4,50 /cada.



A entrada.



Nosso quarto.


Ficamos na praia de Teluk Nipah, mas íamos na praia Coral Bay, 200 mts da nossa, bem mais calminha e quase deserta.



Coral Bay.



Oh vida dura....



... né ?


Um dia alugamos uma motinho (velha, quase sem freios) por US 9 e fomos dar a volta na ilha, dá prá conhecer a vila de Pangkor, outras praias quase desertas e, a vila dos pescadores. Mas é só.
A parte interessante é que a ilha só é habitada (e quando é), na orla, pois toda a parte do interior é uma floresta fechada, praticamente intocada. Uma selva mesmo.



Vila de Pangkor, não tem nada prá fazer.



Vila de pescadores.


Aqui é cheio de uns pássaros que lembram nosso tucano, é o hornbill (em ingles) ou calau (em outros idiomas). O bicho tem um grito potente e faz um voo meio escandaloso.
O que li em algum lugar é que eles são monogamicos e na época da femea fazer o ninho, em algum buraco num tronco, o macho ajuda e no final da construção ela fica lá dentro e o macho fecha o buraco com lama, deixando só um furo, por onde enquanto a femea está chocando, o macho é responsável pela alimentação dela, então se algo acontecer com ele, ela e os filhotes morrerão.
Também como em todo lugar, tem muito macaco. E, até que enfim, vimos alguns poucos cachorros, raridade aqui na Malásia.



Hornbill, comendo pão.



Parecem mansos, mas são bem ariscos.


Bom, quem não tiver muito tempo disponível, nem pense em vir aqui.
Mas se, como prá nós, tempo não for problema, fiquem uns dias, sem fazer nada mesmo.
Só batendo papo com outros hóspedes, todos mochileiros, aparentemente de bem com a vida.
Viemos, no fim, só prá confirmar que não tem  mesmo nada pra fazer.
E curtimos mesmo assim, rsrs.

Nos dias que passamos no Nazri Camp estavam de homens : - um finlandes, um alemão, um suiço, um ingles, um frances, dois canadenses e eu.
De mulheres tinham, tres alemãs, uma francesa, duas canadenses, uma inglesa, outras duas não sei de onde e a Cris.
Tudo misturado e tudo igual !
Nós achamos que já tinhamos bastante tempo “de estrada” mas aqui tem uns que há tres anos não voltam pra casa.

Voltando às ilhas, tem bastante diferença entre essa costa oeste da Malásia e a outra leste onde estávamos. Aqui as ilhas são bem mais desenvolvidas (não que isso seja legal) e, o mar que banha esse lado é o do Estreito de Malaca, perde feio pro outro lado, o mar do Sul da China.
Se alguém tiver que escolher um dos lados pra conhecer eu sugiro.....
Vamos esperar um pouco pois ainda vamos conhecer mais duas ilhas desse lado, daí posso dar uma opinião melhor !

Mais umas fotos :



Barco de pesca típico,
é bem grande e, fabricado aqui
na ilha mesmo.



Venda de peixes e outros frutos do mar secos.
Se desse pra sentir o cheiro pela foto
voces não iriam acreditar.
É muito fedido !



Por do sol em Coral Bay.



Feio, né ?



Mais uma dos hornbills.


Próxima ilha, Penang (em ingles) ou Pulau Pinang (como eles dizem por aqui). 




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

KUALA LUMPUR - MALÁSIA (2)


Saimos de Perhentian de lancha (30 min. ,US 11/cada) e pegamos um onibus (10 hs, US 16/cada).
Viemos novamente a KL e, afinal isso é bom porque quando se volta a um lugar, já se olha com outros olhos, o impacto inicial de uma metrópole caótica já não impressiona tanto.
Na verdade dá até prá curtir um pouco, não que eu goste daqui, mas também não detesto.

A multi-culturalidade de KL é interessante. São Paulo também é multi-cultural, mas KL é muito mais. A grande maioria de malaios mulçumanos, bastante indiano e chines e, uma boa quantidade de “gringos”, como nós.
Gostamos de observar as pessoas e as diferenças, passa o tempo e é divertido.



Chinesas.



Malaias, muçulmanas, mais "modernas".



Indiana.



Chinesa e, atras muçulmana malaia, "conservadora".



Gringo.


Existem muitos estilos diferentes, mas isso é só nas aparencias, nas roupas e nos costumes pois no fim todo mundo é igual.
Afinal, todos buscam a felicidade, nem que seja só por uns momentos. Isso, não sou eu que falo, é um conceito budista, todos os seres humanos no fim, buscam a felicidade, todo mundo e no mundo todo.

Sobre nós, os “gringos” ocidentais, posso estar errado mas, a maioria que encontramos na Indonésia e Malásia (e me pareceu também em Veneza) são alemães.
Claro que não posso ter certeza, mas tem uma certa lógica pois a Alemanha parece passar ao largo da crise européia.
Na Indonésia, tem bastante australiano e brasileiro também.
Ah, ia me esquecendo, japoneses tem por todos os lugares, muitos, quase sempre em grupos, as mulheres sempre de chapéu, parecem que estão  apressados, carregam belas cameras e são educados e simpáticos.
Eu e a Cris somos uma minúscula representação do Brasil, pelo menos aqui na Malásia. Muitas vezes perguntam nossa nacionalidade e sempre, sempre mesmo que falamos: - Brasil. Vem o espanto, no bom sentido, com um sorisso e repetem  Brázil ?, acentuando a primeira sílaba e, depois, quase sempre a segunda palavra : futebol.
Se respondessemos que éramos americanos, italianos, australianos, etc., nem ligariam. Agora brasileiros, sempre se animam !
Muitas vezes, quando perguntam de onde somos, antes de responder eu pergunto: -De onde voce acha ?
E a resposta é sempre ou Itália ou França, vai saber porque ?!

Sabem que até quando estamos só com “gringos”, ocidentais, como por exemplo em um barco indo mergulhar, quando alguém pergunta de onde somos (e eles também nunca acertam), e respondemos que somos brasileiros, sentimos uma certa alegria em quem pergunta, o Brasil tem esse significado interessante, eles devem achar que é o paraíso.
Não vou mentir, dizendo que não sinto uma certa pontinha de orgulho, mas, infelizmente conheço bem a realidade brasileira e sei que estamos bem longe disso.
Bom, que fique, pelo menos, a impressão.

Lembrei- me agora de um dia em Gili, na Indonésia, que eu estava na piscina e um cara veio puxar conversa sobre mergulhos, etc.. Eu tava com dificuldade de entender o ingles dele e perguntei de onde ele era. Ele respondeu : -Inglaterra, mas assim, sem empolgação nenhuma, até meio como quem acha que ser ingles não tem graça nenhuma (e em geral não tem mesmo).
Mas quando me perguntou de onde eu era (tinha pensado que eu era italiano) e respondi : - Brasileiro, pronto, ficou todo interessado e animado, queria saber várias coisas. Perguntou se no Brasil tem lugar legal pra mergulhar e eu disse que sim, temos Fernando de Noronha ( um dos mais tops do mundo) e Abrolhos e outros poucos mais.
Bom, ele nunca tinha ouvido falar (e olha que o cara mergulhou em várias partes do mundo), e continuou fazendo perguntas todo empolgado.
Até aí eu tava no centro dos interesses, brasileiro, viajado, contando sobre Noronha, tava tudo ótimo.
Até que uma certa hora falei que um mergulho em Noronha custa US 100 (um dos mais caros do mundo) e a passagem aérea prá lá custa um absurdo, a hospedagem também, etc..
Pronto acabou todo o interesse!
Taí a realidade do Brasil, que comentei antes...

Voltando a KL, o transito é bem chato, mas tem um sistema de transporte público muito bom.
Os governantes das metrópoles brasileiras precisavam ver isso prá se inspirarem um pouco.
Tem metro, trem e mono-rail suspenso que cobrem toda a cidade e se interligam em vários pontos.
Onibus, que só atrapalha o transito, tem pouco.
O mono-rail suspenso, particularmente, acho bem legal, me parece mais simples que um metrô. Resumidamente, são estruturas que ocupam pouco espaço e elevam um trilho que vai passando por cima de tudo e entre os prédios, sem precisar modificar toda a estrutura em baixo da terra e gastar fortunas como em um metrô. Pelo menos eu acho.



Mono- rail.



Rede de transportes de KL.



Vagão só para mulheres ?!


Ficamos em KL só uns dias, mas desta vez pegamos um hotel (Replica Inn, US 36/noite) mais bem localizado, ao lado da rua Bukit Bintang, no Golden Triangle, cheia de shoppings, restaurantes, gringos, malaios, indianos e chineses e, feira de comidas toda noite na rua.

Viemos fazer uma conexão pra ir pro outro lado da Malásia (costa oeste) e também resolver o problema na camera nova, tirar o visto para o próximo destino e resolver problema com cartão de saque.

A camera que deveria ir pra assistencia técnica verificar o problema, etc e ter uma resposta em até duas semanas, foi trocada por uma nova em minutos na loja onde compramos. Não sei se foi a “simpatia”pelo Brasil (que eu comentei antes), que ajudou. Mas acho que a moça ficou mesmo é com pena de mim.

O visto pro próximo destino (depois conto) que poderia ser um embaço, no fim foi moleza.

Então aproveitamos e fomos passear um pouco.
Um dia fomos no Aquaria ( é assim mesmo que se escreve), é o aquário de Kuala Lumpur, claro. É bem modernoso e tal, mas é só mais um aquário.
A parte interessante é um túnel bem longo por baixo de um tanque gigante, dá prá tirar altas fotos.



Túnel de 90 mts de comprimento.



Esse era enorme.



Raia, ou Arraia ?



Mais um.


E fomos também nas Batu Caves, um templo hindu super turístico que fica próximo a KL (acesso ótimo por trem) mas que, sinceramente, não empolga.
Subir a escadaria pra entrar na “caverna” então, totalmente dispensável.



Batu caves.



Batu caves.



272 degraus até a entrada da caverna.



E dentro da caverna, mais escada.


Também visitamos a Mesquita Nacional, a maior da região. É bonita sim, mas nada comparada a templos budistas maravilhosos ou igrejas católicas que já conhecemos viajando por outros lados.
Chegando na mesquita, todo mundo descalço e eu tive que usar uma vestimenta apropriada, pois estava de bermuda, a Cris, sendo mulher tem que usar a vestimenta de qualquer jeito, e não pode esquecer do gorrinho.
Assim que entramos vieram dois caras se oferecendo pra serem guias. De graça, fazem por voluntariado e por gosto como eles mesmo disseram. São estudiosos do islamismo e gostam de ter contato com estrangeiros (tiram várias fotos conosco).
Um deles repetia várias vezes que eu poderia fazer qualquer pergunta que quizesse sobre o islamismo. Mostrou como rezam e porque. Mostrou a árvore genealógica do islamismo, desde Adão e Eva, etc..
Perguntou sobre minha religião e eu disse que não ligo muito prá isso, etc..
Daí me perguntou o que eu acho do islamismo e eu disse que acho legal, mas não conheço muito a respeito e tal...
No fim da visita, pediu pra eu anotar o e-mail dele e pensasse no assunto e se um dia quizesse me converter ao islamismo, que o procurasse que ele me ajudaria.
Quer saber, provavelmente eu nunca vou me converter ao islamismo. Mas gosto muito de ter contato com pessoas de visões tão diferentes da nossa, e, principalmente de conhecer pessoas que não tem nenhum outro  interesse a não ser o de querer  ajudar aos outros. Isso sim faz valer a pena viajar tanto.



Mesquita nacional.



Dentro da mesquita.
Nem em todo lugar temos permissão de entrar.



Nossos guias.


Mais umas fotos :




Churrasco da Mongólia ?
Que tipo de carne teria ?


Rodoviária numa região da Malásia onde as
pessoas são mais conservadoras.
De estrangeiros só tinhamos nós dois...

...pessoas mais conservadoras e a engraçadinha aí da
foto, de camiseta. com ombros pra fora e decote...



...foi só eu me afastar um pouco e já
foi um conferir !


Comida chinesa.
Mas olhem a marca da cerva...
Skol asiática, essa eu não conhecia.


Muçulmanos entrando no mar.


Segundo nosso guia na Mesquita, as meninas
passam a usar a burca ou o véu após a
primeira menstruação.


Devoção, rituais, seguidores, homens sagrados.
Essa foto num templo Hindu.


Lanternas chinesas com Petronas ao fundo.


Petronas a noite...



...são ainda mais bonitas.


Próximo post Pulau Pangkor.