Saímos de Amed, próximo a Tulamben, de barco rápido (1 h)
para Gili Trawangan, US 22,50/ cada.
O barco era para umas 50 pessoas, e tinha 800 hps, sabem o
que isso significa ? Motor demais pro tamanho do barco.
Então, alta velocidade, altas pancadas na água e, com o mar
mexido daqui, água pra todo lado, espirrando muito alto.
Pra mim, tudo bem, até curto. Mas pra maioria das pessoas, é um sofrimento.
Nosso fast-boat, em Amed, 800 HPs. |
Esse, em Gili T, 1.000 HPs. |
1.500 HPs, já chega ? |
Não ? Então tá bom, 2.400 HPs !!! |
Sofrimento compensado pela chegada às Gili Islands.
São 3 ilhotas, Gili Trawangan, Gili Meno e Gili Air, paradisíacas
(deem uma olhada no google earth). Pertencem a Lombok, mais uma ilha da Indonésia, ao lado de Bali.
Ficamos em Gili Trawangan, mais conhecida por Gili T, é a
mais agitada, isso significa, festa todo dia, muita doideira mesmo.
Se procura mais sossego, fique em Gili Air e se quer “se
isolar do mundo”, fique em Meno.
Gili Meno. |
Nessa foto estamos em Gili Air e, aquelas montanhas ao fundo são de Lombok. |
Gili T, para muitos é a exata definição do paraíso. Pequena,
toda a volta dá menos de 10 km, sem veículos motorizados (só bike e charretes), com um mar tão azul que parece de mentira, cheia
de pontos de mergulho, comida boa, hotéis pra todos os bolsos, festa todos os dias e sem polícia. Nem precisa é segura,
aliás, como Bali.
Mas claro que não é perfeita.
Eu poderia até deixar de lado,
mas prá não criar falsas expectativas em quem pretende conhecer,
falo logo o lado ruim.
A limpeza em geral, das ruas, deixa a
desejar.
Os preços, em comparação com Bali, são um pouco inflacionados.
E, por causa da pesca com bombas, que foi muito usada por
aqui (hoje em dia não mais), destruíram muito os corais e os pedaços se acumulam na praia e na parte rasa do mar. Não em toda parte,
mas na maioria, tornando ,o entrar no mar, meio chato se voce estiver descalço.
Agora a vida marinha por volta das ilhas é incrível, assim
como a visibilidade na água ( calculei pelo menos 30 mts).
Olha só a cor do mar em Gili T. Ao fundo é Gili Meno e bem lá atras, as montanhas de Lombok. |
Chegamos e ficamos hospedados no Best Budget Bungalows, bem
pequeno, só 3 quartos.
Recomendo, pois é bem novinho, mas não gostamos muito da localização e ficamos só duas noites ( US
31,50/noite).
Daí, para mais 6 noites, mudamos pro Big Bubble Dive and
Bungalows, super agradável, na rua principal (mas não no agito) por US
27/noite.
Conseguimos esse preço, um pouco melhor porque fomos
mergulhar com a operadora deles, que é no próprio hotel.
Big Bubble Dive and Bungalows. |
Era só escolher, piscina ou o mar, é só atravessar a rua. |
Nosso quarto. |
No segundo dia fomos fazer um programa bem turístico.
Passeio de barco das 10:00 às 16:00 hs, pelas 3 ilhas, com vários mergulhos de snorkel (US 11/pessoa). Apesar de, normalmente, fugirmos
desses passeios turísticos, o Isac, que conhecemos em Tulamben, tinha nos recomendado esse, como uma forma barata de conhecer as ilhas
e o fundo do mar daqui.
Querem saber, foi ótimo, altos mergulhos !! A vida marinha daqui é realmente impressionante ! A cor do mar
então...
Indo pro passeio de snorkelling, pelas 3 ilhas. E o barco ainda tem um fundo de vidro dá pra ir observando o fundo. |
Outro dia alugamos duas bikes (US 2,70/cada) por metade do
dia e fomos dar a volta na ilha, mas como é bem pequena, em menos de 2 horas (parando prá tomar água e descansar) já estavamos de volta e
isso porque em boa parte do trajeto tivemos que empurrar a bike, pois acaba o calçamento e é só areia.
Passeio de bike, atras a maré estava meio baixa, quando sobe a água vem até a areia. |
Outra vez, fomos a pé
mesmo, demos a volta toda, sem pressa em 1:30 h.
Noutro dia fomos mergulhar de garrafa (US 35/cada), no Shark
Point.
Belo mergulho, forte correnteza, tartarugas enormes, muito peixe, mas tubarão mesmo, só vimos um de 1 ou 1,5 m, dormindo numa
toca.
Rumo ao Shark - Point. |
Sentimos falta dos inúmeros templos de Bali, pois aqui, a
maioria é muçulmana (Bali é a unica região da Indonésia com maioria hinduista),
então, varias vezes ao dia, o que se ouvia pela ilha toda era o som
do chamado pra reza nas 2 mesquitas. O primeiro às 4:30 hs da madruga.
Aqui, na Indonésia, ou pelo menos em Bali, quem normalmente
pega no pesado são as mulheres, vimos muitas vezes mulheres carregando sacos de areia e material de construção, são elas que
carregam os equipamentos de mergulho, carregam as malas dos turistas pros
barcos, tudo na cabeça.
É impressionante a força delas, a princípio, como
não estamos acostumados, ficamos com pena, mas depois, sabendo um pouco mais, elas são felizes pois conseguem perto de US 100 por mês e
sobrevivem assim, então saiba que se voce tiver dó e quiser carregar o próprio
equipamento, vai tirar o emprego e o sustento delas.
As mulheres. (essa foto não é minha, peguei no Face da Karina Dubeux) Terima kasih, Karina. |
SUPER - MULHERES !!!! |
Aqui acaba nossa viagem pela Indonésia, pois como o visto
que dão no aeroporto é pra 30 dias, nós já tinhamos comprado passagem prá
Malásia.
Depois vimos em vários locais “visa extention”, então não
deve ser dificil estender o visto.
Se não tivéssemos comprado passagem pra Malasia,
provavelmente ficaríamos mais um tempinho por aqui. Mas não há de ser nada,
qualquer hora dessas voltamos.
Nesses 30 dias que ficamos, não podemos dizer que conhecemos
a Indonésia, mas sim só um micro pedacinho dela, pois se somarmos o território
de Bali e Lombok, onde estivemos, isso dá somente 0,05% do
território da Indonésia.
Foram somente duas de um total de 17.500 ilhas (6.000
são habitadas).
É claro que grande parte é inacessível e tem muita selva,
etc, mas tem muito pra ser visto.
Quando nós voltarmos a Indonésia, é possivel
que tenhamos vontade de ir a Sulawesi, talvez Flores e Komodo, mas isso
se for pensando mais em mergulhos.
Se voltarmos só pra curtir mesmo, voltamos a Bali, ainda tem
vários cantos pra conhecermos e gostamos bastante do povo, não sei se por serem
maioria hindus e essa religiosidade faz com que sejam tranquilos e
hospitaleiros e assim nos sentimos bastante seguros.
Sobre o idioma, só posso dizer que é bem estranho e
impossível de se entender qualquer coisa. Claro que nos locais turísticos quase
todos falam pelo menos um pouco de ingles, mas o sotaque deles é tão estranho que
no começo voce jura que é outra lingua qualquer, depois vai se acostumando.
Nós estamos aqui há 1 mês e só sei meia dúzia de palavras em
Bahasa (esse é o nome do idioma).
- Terima kasih = obrigado
- Sama-sama = de nada
- Tutup = fechado
- Hati-hati = atenção, perigo (tem várias placas nas ruas e
estradas esburacadas)
- Bulu-bulu = peludo (eles aqui não tem pelos, então, devem
achar que eu sou uma raça qualquer de macaco, rsrs).
- Susu = leite
- Mie goreng = macarrão frito
- Nasi goreng =arroz frito
- Kopi = café.
Mais umas fotos :
Night food- market, mesas comunitárias. |
Voce escolhe o que quer e eles fazem seu prato, as vezes nem se sabe o que se vai comer. |
Pegamos um desses peixinhos, assado com vegetais e arroz, US 4,50. |
Mesa no jardim de um restaurante, parece chic, mas gastamos US 12, com o jantar. |
Rua principal de Gili T, faixa com anuncio da festa da noite, toda noite tem uma, só revezam o lugar. |
E nesse bar, independente da festa, toda noite rola musica ao vivo. Quer dizer, toda noite tem duas opções, ou voce vai na festa ou no Sama-Sama. |
Sama-Sama a noite ferve. Party all night. Good night, bad morning, hehe. |
Mas agora ainda não, tem muita coisa pra ser conhecida, próximo post Malásia.
Adorei o post, estou planejando um intercâmbio para a Indonésia, mas pra ilha de Java e pretendo conhecer Bali e arredores, provavelmente final desse ano ou começo de 2016, dependendo da velocidade que eu juntar o dinheiro hehe.
ResponderExcluirOi Bruna, torço pra vc ir mesmo. Se quiser um conselho (e puder escolher a época) evite a alta temporada (pelo menos nos lugares mais turísticos) assim vc vai economizar muito. Mas de qualquer forma uma coisa é garantida ... voce vai adorar !
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