segunda-feira, 21 de outubro de 2013

KUALA LUMPUR - MALÁSIA (2)


Saimos de Perhentian de lancha (30 min. ,US 11/cada) e pegamos um onibus (10 hs, US 16/cada).
Viemos novamente a KL e, afinal isso é bom porque quando se volta a um lugar, já se olha com outros olhos, o impacto inicial de uma metrópole caótica já não impressiona tanto.
Na verdade dá até prá curtir um pouco, não que eu goste daqui, mas também não detesto.

A multi-culturalidade de KL é interessante. São Paulo também é multi-cultural, mas KL é muito mais. A grande maioria de malaios mulçumanos, bastante indiano e chines e, uma boa quantidade de “gringos”, como nós.
Gostamos de observar as pessoas e as diferenças, passa o tempo e é divertido.



Chinesas.



Malaias, muçulmanas, mais "modernas".



Indiana.



Chinesa e, atras muçulmana malaia, "conservadora".



Gringo.


Existem muitos estilos diferentes, mas isso é só nas aparencias, nas roupas e nos costumes pois no fim todo mundo é igual.
Afinal, todos buscam a felicidade, nem que seja só por uns momentos. Isso, não sou eu que falo, é um conceito budista, todos os seres humanos no fim, buscam a felicidade, todo mundo e no mundo todo.

Sobre nós, os “gringos” ocidentais, posso estar errado mas, a maioria que encontramos na Indonésia e Malásia (e me pareceu também em Veneza) são alemães.
Claro que não posso ter certeza, mas tem uma certa lógica pois a Alemanha parece passar ao largo da crise européia.
Na Indonésia, tem bastante australiano e brasileiro também.
Ah, ia me esquecendo, japoneses tem por todos os lugares, muitos, quase sempre em grupos, as mulheres sempre de chapéu, parecem que estão  apressados, carregam belas cameras e são educados e simpáticos.
Eu e a Cris somos uma minúscula representação do Brasil, pelo menos aqui na Malásia. Muitas vezes perguntam nossa nacionalidade e sempre, sempre mesmo que falamos: - Brasil. Vem o espanto, no bom sentido, com um sorisso e repetem  Brázil ?, acentuando a primeira sílaba e, depois, quase sempre a segunda palavra : futebol.
Se respondessemos que éramos americanos, italianos, australianos, etc., nem ligariam. Agora brasileiros, sempre se animam !
Muitas vezes, quando perguntam de onde somos, antes de responder eu pergunto: -De onde voce acha ?
E a resposta é sempre ou Itália ou França, vai saber porque ?!

Sabem que até quando estamos só com “gringos”, ocidentais, como por exemplo em um barco indo mergulhar, quando alguém pergunta de onde somos (e eles também nunca acertam), e respondemos que somos brasileiros, sentimos uma certa alegria em quem pergunta, o Brasil tem esse significado interessante, eles devem achar que é o paraíso.
Não vou mentir, dizendo que não sinto uma certa pontinha de orgulho, mas, infelizmente conheço bem a realidade brasileira e sei que estamos bem longe disso.
Bom, que fique, pelo menos, a impressão.

Lembrei- me agora de um dia em Gili, na Indonésia, que eu estava na piscina e um cara veio puxar conversa sobre mergulhos, etc.. Eu tava com dificuldade de entender o ingles dele e perguntei de onde ele era. Ele respondeu : -Inglaterra, mas assim, sem empolgação nenhuma, até meio como quem acha que ser ingles não tem graça nenhuma (e em geral não tem mesmo).
Mas quando me perguntou de onde eu era (tinha pensado que eu era italiano) e respondi : - Brasileiro, pronto, ficou todo interessado e animado, queria saber várias coisas. Perguntou se no Brasil tem lugar legal pra mergulhar e eu disse que sim, temos Fernando de Noronha ( um dos mais tops do mundo) e Abrolhos e outros poucos mais.
Bom, ele nunca tinha ouvido falar (e olha que o cara mergulhou em várias partes do mundo), e continuou fazendo perguntas todo empolgado.
Até aí eu tava no centro dos interesses, brasileiro, viajado, contando sobre Noronha, tava tudo ótimo.
Até que uma certa hora falei que um mergulho em Noronha custa US 100 (um dos mais caros do mundo) e a passagem aérea prá lá custa um absurdo, a hospedagem também, etc..
Pronto acabou todo o interesse!
Taí a realidade do Brasil, que comentei antes...

Voltando a KL, o transito é bem chato, mas tem um sistema de transporte público muito bom.
Os governantes das metrópoles brasileiras precisavam ver isso prá se inspirarem um pouco.
Tem metro, trem e mono-rail suspenso que cobrem toda a cidade e se interligam em vários pontos.
Onibus, que só atrapalha o transito, tem pouco.
O mono-rail suspenso, particularmente, acho bem legal, me parece mais simples que um metrô. Resumidamente, são estruturas que ocupam pouco espaço e elevam um trilho que vai passando por cima de tudo e entre os prédios, sem precisar modificar toda a estrutura em baixo da terra e gastar fortunas como em um metrô. Pelo menos eu acho.



Mono- rail.



Rede de transportes de KL.



Vagão só para mulheres ?!


Ficamos em KL só uns dias, mas desta vez pegamos um hotel (Replica Inn, US 36/noite) mais bem localizado, ao lado da rua Bukit Bintang, no Golden Triangle, cheia de shoppings, restaurantes, gringos, malaios, indianos e chineses e, feira de comidas toda noite na rua.

Viemos fazer uma conexão pra ir pro outro lado da Malásia (costa oeste) e também resolver o problema na camera nova, tirar o visto para o próximo destino e resolver problema com cartão de saque.

A camera que deveria ir pra assistencia técnica verificar o problema, etc e ter uma resposta em até duas semanas, foi trocada por uma nova em minutos na loja onde compramos. Não sei se foi a “simpatia”pelo Brasil (que eu comentei antes), que ajudou. Mas acho que a moça ficou mesmo é com pena de mim.

O visto pro próximo destino (depois conto) que poderia ser um embaço, no fim foi moleza.

Então aproveitamos e fomos passear um pouco.
Um dia fomos no Aquaria ( é assim mesmo que se escreve), é o aquário de Kuala Lumpur, claro. É bem modernoso e tal, mas é só mais um aquário.
A parte interessante é um túnel bem longo por baixo de um tanque gigante, dá prá tirar altas fotos.



Túnel de 90 mts de comprimento.



Esse era enorme.



Raia, ou Arraia ?



Mais um.


E fomos também nas Batu Caves, um templo hindu super turístico que fica próximo a KL (acesso ótimo por trem) mas que, sinceramente, não empolga.
Subir a escadaria pra entrar na “caverna” então, totalmente dispensável.



Batu caves.



Batu caves.



272 degraus até a entrada da caverna.



E dentro da caverna, mais escada.


Também visitamos a Mesquita Nacional, a maior da região. É bonita sim, mas nada comparada a templos budistas maravilhosos ou igrejas católicas que já conhecemos viajando por outros lados.
Chegando na mesquita, todo mundo descalço e eu tive que usar uma vestimenta apropriada, pois estava de bermuda, a Cris, sendo mulher tem que usar a vestimenta de qualquer jeito, e não pode esquecer do gorrinho.
Assim que entramos vieram dois caras se oferecendo pra serem guias. De graça, fazem por voluntariado e por gosto como eles mesmo disseram. São estudiosos do islamismo e gostam de ter contato com estrangeiros (tiram várias fotos conosco).
Um deles repetia várias vezes que eu poderia fazer qualquer pergunta que quizesse sobre o islamismo. Mostrou como rezam e porque. Mostrou a árvore genealógica do islamismo, desde Adão e Eva, etc..
Perguntou sobre minha religião e eu disse que não ligo muito prá isso, etc..
Daí me perguntou o que eu acho do islamismo e eu disse que acho legal, mas não conheço muito a respeito e tal...
No fim da visita, pediu pra eu anotar o e-mail dele e pensasse no assunto e se um dia quizesse me converter ao islamismo, que o procurasse que ele me ajudaria.
Quer saber, provavelmente eu nunca vou me converter ao islamismo. Mas gosto muito de ter contato com pessoas de visões tão diferentes da nossa, e, principalmente de conhecer pessoas que não tem nenhum outro  interesse a não ser o de querer  ajudar aos outros. Isso sim faz valer a pena viajar tanto.



Mesquita nacional.



Dentro da mesquita.
Nem em todo lugar temos permissão de entrar.



Nossos guias.


Mais umas fotos :




Churrasco da Mongólia ?
Que tipo de carne teria ?


Rodoviária numa região da Malásia onde as
pessoas são mais conservadoras.
De estrangeiros só tinhamos nós dois...

...pessoas mais conservadoras e a engraçadinha aí da
foto, de camiseta. com ombros pra fora e decote...



...foi só eu me afastar um pouco e já
foi um conferir !


Comida chinesa.
Mas olhem a marca da cerva...
Skol asiática, essa eu não conhecia.


Muçulmanos entrando no mar.


Segundo nosso guia na Mesquita, as meninas
passam a usar a burca ou o véu após a
primeira menstruação.


Devoção, rituais, seguidores, homens sagrados.
Essa foto num templo Hindu.


Lanternas chinesas com Petronas ao fundo.


Petronas a noite...



...são ainda mais bonitas.


Próximo post Pulau Pangkor. 

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