sábado, 23 de novembro de 2013

PYIN U LWIN - MIANMAR

Viemos de Mandalay para cá com um “shared-taxi”, taxi compartilhado, é um taxi normal, mas leva até 4 passageiros e mais um monte de carga (encomendas), sai a US 5/ cada e demora 2,5 hs.

Onibus não tem (até tem mas poucos e passam próximo daqui), taxi normal cobram US 40 e a opção mais barata (que quase todos usam) é na carroceria de picapes, tudo amontoado, US 1,50.

Por indicação da guesthouse de Mandalay nos hospedamos no Royal Green Hotel, US 35/ noite. Sem dúvida o melhor hotel que ficamos até agora (pelo menos no Mianmar, nos outros países já nem me lembro de todos).
Novinho, afastado do centrinho da vila apenas o suficiente para ser super silencioso e com uma equipe nota 10.




Nosso hotel.


A cidadezinha de Pyin U Lwin (ou Pyin Oo Lwin) é ideal para um descanso, bem melhor do que esperávamos.
Fica nas montanhas e tem um clima meio de Visconde de Mauá (RJ e MG), claro que descontando todo o glamour da brasileira, aqui é pobre.

A temperatura é bem inferior à de Mandalay, um alívio.
De noite faz até frio, é a primeira vez, desde que chegamos na Ásia que preciso de um moleton.
Não tinha, claro, mas fui na feira de rua e paguei US 2 por um até que legal (made in China, segundo o vendedor, pois nem etiqueta tem).

A cidade é típicamente inglesa (da época da colonização) e, restam vários estabelecimentos e casonas da época.




Estilo britanico.



Outra.


No primeiro dia saímos a pé e fomos conhecer o centrinho, fomos no mercado (tipo mercado municipal), é um local que sempre que encontramos gostamos de passear, alí está a vida como ela é, sem frescuras para turistas.




O mercado.



Ocupa um quarteirão todo.


Depois cansamos de andar e alugamos duas bicicletas (US 2/ cada).
Acho que em outros países voce só acha esses modelos em museus. Não são muito eficazes, lógico, mas tem estilo !




As velharias.



De novo e, lá no fundo um templo hindu.


E então, até que enfim, achamos uma padaria, primeira vez no Mianmar, bem estilosa, antiga, num prédio da época da colonização.
Fui numa portinha ao lado ver onde os padeiros trabalhavam, e aí sim, senti aquele cheirinho de pão recém saído do forno e era um pãozinho frances (não identico ao nosso, mas muito parecido).
Eu adoro !
Quem não gosta ?
E no mesmo momento peguei um e levei pra dividir com a Cris que estava numa mesinha lá fora, ela nem acreditava, comemos sem nada mesmo, como é bom, nem sei há quanto tempo não comíamos um.
Depois, nos outros dias voltamos na padaria mais umas 3 vezes.




A padoca, estilosa.


A noite voltamos no centrinho pra procurar um lugar pra jantarmos, já eram umas 21:00 hs então só encontramos um lugarzinho aberto, até que era simpático e a gente tava com vontade era de tomar uma cervejinha (apesar do frio).
Sentamos e já pedi uma Myanmar (eta cerveja boa), nem olhei o cardápio.
A garçonete não entendia de jeito nenhum.
Tudo bem, olhei para as mesas dos lados (só tinham nativos), mas se tem uma garrafa ou latinha numa das mesas tá resolvido o problema, é só apontar o dedo e sorrir. Não tinha.
Só via garrafa térmica (para chá) e lata de refrigerante.
Aí uma mulher da mesa ao lado que sacou tudo (ela devia falar umas tres frases em ingles, mas era o que tínhamos) confirmou que não vendiam cerveja ali e nos deu uma força pra fazer o pedido (o cardápio era só na língua deles).
Eu comi um arroz com um tipo de ervilha e ovo e a Cris um tipo de um pão árabe com um molho de grão de bico.
Tava ruim, mas tudo bem, a conta saiu US 1,70, isso com um chá e uma “vitamina”  de banana, cheia de leite condensado inclusos.
Agora, vai ser azarado assim hem... num país de grande maioria budista fomos cair justo num bar de muçulmanos.

Pegamos as bikes e voltando pro hotel tinhamos que pegar uma estradinha que num pedaço de mais ou menos 1 km não tem luz nenhuma (a lua estava quase cheia, mas tinham muitas nuvens) então não enxergávamos quase nada, até comentamos : - Vamos bem devagar que tem uns buracos por aí e acabaremos caindo.
Eu ia na frente e de repente veio lá de trás uma motinho com um farol bem fraquinho, foi diminuindo a velocidade e ficou quase ao lado da Cris, mas sem ultrapassar.
Tentávamos ver quem era mas não dava, ele ia no nosso ritmo e não ultrapassava e o farol impedia de vermos quem era.
Continuamos a pedalar, falei uns “hello”, mas nada.
No começo não estavamos entendendo nada, o cara não respondia mas também não aparecia (não pensamos em nada perigoso, aqui não tem isso).
E, foi assim por um bom tempo até já perto do hotel umas luzinhas de umas casas iluminarem um pouco a estrada. Daí ele acelerou, chegou do meu lado e todo envergonhado fez um aceno leve com a mão e foi embora.
Claro que voces já entenderam né.
Eu também já tinha percebido que ele só queria iluminar o caminho pra gente.
Querem saber, a historinha é meio bobinha e nem tão interessante.
Mas, pelo menos eu, não sei onde mais alguém faria isso.

Chegamos no hotel e em vez de irmos pro quarto, sentamos na recepção e pedimos uma cerveja Myanmar. Só uma. Era só para brindarmos pelo nosso “amigo secreto”.

No outro dia pedalamos pela manhã e passamos a tarde sem fazer nada, afinal viemos para cá fugindo de uma cidade grande com a intenção de ficar sem fazer nada mesmo.
No dia seguinte, de novo.

E no último dia alugamos um moto (US 10), meio "baleada", claro, e fomos dar umas voltas maiores.
Fomos numa caverna a uns 30 km da vila, onde tem vários Budas e mini- templos dentro.
Estava bem cheia de gente, pois era sábado. A caverna em si não é muito legal, meio brega até, a parte legal é ficar observando o povo e seus costumes estranhos e, claro ficar brincando de ser "celebridade".




Na entrada da caverna tinham muitas estátuas...



... e dentro mais ainda.



É dura essa vida de ser famoso.



 Depois tendo rodado mais acabamos achando outros lugares bem legais (diferentemente da primeira noite), uns restaurantes e bares até que badalados, mas não no centrinho da vila, numas estradinhas em volta.

Também, nesses dias aproveitei a boa conexão da internet aqui (surpreendentemente) e preparei o post anterior, este e o próximo.
Então só desta vez sairão 3 posts quase juntos.
Sei que quem acompanha o blog fica sem saber quando acessar pra ver novidades.
Vou procurar atualizar uma vez por semana, mas não prometo pois dá um pouco de trabalho, ainda mais se a conexão não é boa.

Agora voltaremos a Mandalay onde pegaremos um voo pra Tailandia.

Infelizmente acabou a viagem pelo Mianmar, foram 20 dias muito bem vividos.

Como o Mianmar é um país quase desconhecido pela maioria das pessoas, vou publicar mais um post contando mais um pouco do que sei e observei por aqui.

Vamos embora e gostaríamos de ficar mais (na verdade eu gostaria de morar uns meses por aqui), mas temos um bom motivo para irmos.
Pela primeira vez, nas nossas viagens longas, dos últimos 10 anos, onde sempre somos só nós dois, agora vamos ter companhia e esperamos que seja por um bom tempo.
Minha irmã, a Sílvia, vai nos encontrar em Bangkok.
Bem vinda à estrada.
Já estou até vendo a gente sentado nos botecos da Khao San Road tomando umas Singhas e dando risada.

Mais fotos :





Purcell Tower.
Bem no centrinho da vila esse relógio que foi
um presente da Rainha Victoria, da Inglaterra.
Deve ter sido a consciencia pesada porque vieram se meter
a colonizar isso aqui...



Charretes, tem várias por aqui...



... são umas cópias das diligencias...



... do velho oeste americano, só que menores.



Por do sol, visto da sacada do quarto do hotel.



Royal Lake.
Em volta desse lago tem umas mansões, que nunca
esperavamos encontrar aqui no Mianmar.



Olha o tamanho do moleque de moto.



Mais uma das diligencias.



Se voce fosse em lugares que não tem turistas...



... em qual banheiro entraria ?
Esse alfabeto que parecem umas minhocas, não é
nem um pouco fácil, não.


Logo mais no outro post, que já está quase pronto, considerações finais do Mianmar (e também vou falar de custos).

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